Sobrevivência e capacidade de voo da Abelha apis mellifera (hymenoptera: apidae) após exposição direta e oral a antranilamidas e espinosinas.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: COUTINHO, Juliana de Souza.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Ciências e Tecnologia Agroalimentar - CCTA
PÓS-GRADUAÇÃO EM HORTICULTURA TROPICAL
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/26583
Resumo: Abelhas são consideradas o grupo de polinizadores mais importantes, especialmente a espécie Apis mellifera L. (Hymenoptera: Apidae). Todavia, o uso excessivo de agrotóxicos é apontado como responsável pela mortandade de abelhas em áreas agrícolas em escala global. O presente trabalho objetivou avaliar o efeito de doses comerciais dos inseticidas Clorantraniliprole, Ciantraniliprole, Espinetoram e Espinosade, recomendados para diversas culturas, na sobrevivência e capacidade de voo das operárias adultas da abelha africanizada A. mellifera, amplamente usados no Brasil. Os estudos foram conduzidos no Laboratório de Entomologia (sala climatizada a 25 ± 2 ºC, 60 ± 10% UR e fotofase de 12 h) do Centro de Ciências e Tecnologia Agroalimentar (CCTA) da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Campus Pombal-PB, Brasil. Para a execução do trabalho foram utilizadas operárias adultas da abelha africanizada A. mellifera, provenientes de três colmeias instaladas em caixas de madeira do tipo Langstroth, pertencentes ao apiário do CCTA/UFCG. Os níveis de toxicidade foram avaliados através de bioensaios, correspondentes a duas formas de exposição: pulverização direta sobre as abelhas e dieta contaminada utilizando cinco doses comerciais, registradas para o controle de pragas em diversas culturas. Conduzidos em delineamento inteiramente casualizado, com 10 repetições para cada tratamento. Foram realizados teste de sobrevivência e teste de voo. Os inseticidas Espinetoram (Delegate®) e Espinosade (Tracer®), pertencentes ao grupo químico Espinosina, foram extremamente tóxicos para A. mellifera via ingestão da dieta contaminada e via pulverização direta, independente da dose utilizada. Após a exposição às espinosinas, a atividade motora das abelhas A. mellifera foi prejudicada, sendo observado tremores e paralisia. Os inseticidas pertencentes ao grupo químico Antranilamida Clorantraniliprole (Premio®) e Ciantraniliprole (Benevia®), ocasionaram baixa toxicidade sobre as abelhas, independente do modo de exposição e da dose utilizada, sendo, portanto, menos nocivos ao polinizador. Todos os inseticidas avaliados, pertencentes a dois grupos químicos, afetaram a atividade de voo de A. mellifera, independentemente do modo de exposição e dose avaliada. Esses dados irão auxiliar em projetos que envolvam o manejo sustentável, consequentemente a conservação desses polinizadores em áreas agrícolas.