Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2004 |
Autor(a) principal: |
Nascimento, Eurípedes Costa do [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/97636
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Resumo: |
O consumo de álcool tem sido uma das maiores preocupações da saúde pública no mundo e suas causas parecem estar associadas a diversos fatores, dentre eles, a cultura. Articulados com a errância e impulsionado por motivos sócio-econômicos ou mesmo por razões pessoais, traz consigo profundas modificações no plano psicossocial. Considerando a especificidade dessa população, seu modo peculiar de vida na condição da errância, essa pesquisa teve por objetivos investigar as razões que levam esses sujeitos à ruptura com a vida sedentária e o papel que a bebida alcoólica exerce nesse processo de desfiliação. Foram tomados como sujeitos, 16 trecheiros do sexo masculino que fazem uso, assumidamente, de bebidas alcoólicas. A coleta de dados foi realizada através de entrevistas gravadas com roteiro estruturado no Centro de Triagem e Encaminhamento Migrante da cidade de Assis, S.P., abordando os motivos para a errância, o uso do álcool ao longo da vida, as relações familiares e perspectivas futuras no modo de vida itinerante. As entrevistas foram submetidas, posteriormente, a uma análise de conteúdo. Os resultados demonstraram que o momento da ruptura com a vida sedentária e a iniciação no trecho, é marcado por algum incidente no núcleo familiar do sujeito, tais como: o desemprego, a violência familiar, a busca de liberdade, além dos desentendimentos conjugais presentes como um dos fatores cruciais para a desfiliação. O uso do álcool, associado à pobreza, inicia-se na infância, estimulado pelos próprios pais ou amigos e atua como um dos principais elementos presentes nos conflitos domésticos e na desfiliação do sujeito para a errância. No trecho ele é atribuído pelos próprios sujeitos à necessidade de criar coragem, esquecer problemas do passado e apaziguar conflitos remanescentes, em geral, conflitos afetivos... |