A poesia do romance: Memorial de Aires, um caso exemplar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Rodrigues, Lucilo Antonio [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/106337
Resumo: Esta tese tem como objetivo principal o estudo da poesia no Memorial de Aires, de Machado de Assis. Em uma primeira etapa buscou-se refletir a questão da poesia no romance no âmbito geral da prosa romanesca: Mikhail Bakhtin refere-se a essa problemática no ensaio O Discurso no romance. Para ele, a poesia e o romance estariam em campos opostos: enquanto neste se constata uma tendência à fragmentação da linguagem (refletindo, direta ou indiretamente, a estratificação social); naquela, ocorre uma tendência à centralização da linguagem (refletindo os processos sociais mais duráveis). Em razão dessa particularidade a poesia no romance, na grande maioria das vezes, não desempenha um papel de relevo: ou é rechaçada, mediante a ironia, a sátira, a paródia e a análise crítica ou permanece sob a forma de núcleos isolados distribuídos ao longo do texto romanesco. Em alguns casos raros, como no romance Memorial de Aires, a linguagem poética não só é importante enquanto voz isolada, mas também teria uma função determinante na composição geral do estilo deste romance.