Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Zarricueta, Melina Luzzi |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/242960
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Resumo: |
As doenças inflamatórias intestinais (DII) são inflamações crônicas que acometem o TGI do paciente, podendo causar quebra da barreira epitelial, lesões ulcerativas, mudanças no peso e comprimento do tecido, alteração na microbiota intestinal (disbiose), desencadear uma resposta autoimune e manifestações extraintestinais. A ativação do sistema imune desencadeia o mecanismo de inflamação local aguda, ocorrendo o aumento de células leucocitária, liberação de enzimas de sinalização inflamatória e estresse oxidativo tecidual. Sendo assim, as terapias existentes no tratamento das DII são utilizadas para que o paciente se manter em remissão, diminua os sintomas da doença e module a resposta imune. Porém, os medicamentos utilizados causam efeitos colaterais, o que torna necessária a busca de novas terapias para as DII. Os produtos naturais são alternativas promissoras para minimizar o uso desses fármacos, como é o caso do monoterpeno Citral, que já foi descrito como um composto anti-inflamatório e antiulcerogênico para algumas doenças do TGI. Portanto, o presente estudo apresenta resultados da ação do Citral, na forma de tratamento preventivo, em modelo agudo de DII induzida por um agente químico (TNBS). Ratos Wistar machos, com 8 semanas de idade, receberam um pré tratamento 48, 24 e 1 horas antes da indução da DII, assim como 24 e 48 horas depois, sendo eles: controle negativo – tween 80 a 1% (10 mL/kg), três doses do monoterpeno (25, 100 e 300 mg/kg) e o sham (não colítico). Passadas 72 horas da indução, os animais foram eutanasiados e seus órgãos coletados. Foram feitas análises do tamanho e massa do cólon, escore da lesão, quantificação da atividade da mieloperoxidase (MPO), os níveis de glutationa reduzida (GSH) e malondialdeido (MDA). A análise estatística foi realizada com o teste de Kruskal-Wallis - dados não paramétricos - e análise de variância (ANOVA) – dados paramétricos, sendo adotado p < 0.05. O Citral, na dose de 300 mg/kg, foi capaz de diminuir o infiltrado neutrofílico no tecido do cólon adjacente, evidenciado pela menor atividade da enzima MPO, assim como manter os estoques de GSH intracelular. A dose de 100 mg/kg manteve os estoques de GSH no tecido adjacente. Para as análises do tamanho e comprimento do cólon, o escore de lesão e o aumento da massa do baço, os pré-tratamentos com o monoterpeno não foram capazes de impedir essas alterações. Portanto o Citral administrado na forma de tratamento preventivo, na dose de 300 mg/kg, demonstrou que pode ser uma alternativa para melhorar o estresse oxidativo tecidual e a inflamação local. Com esses resultados em um modelo agudo de DII, torna-se importante a investigação de outras possíveis ações do monoterpeno que possa modular o sistema imune e as citocinas pró-inflamatória em um tratamento preventivo. |