Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Delboni, Natália de Oliveira Conte |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/214840
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Resumo: |
Ozualdo R. Candeias foi um cineasta brasileiro com farta produção a partir dos anos 60, conhecido por seu estilo de fazer cinema, sempre com poucos recursos e por ter exercido diversas funções em seus processos de trabalho. Era diretor, fotógrafo, cinegrafista e até figurinista. Sua estreia em longa-metragem de ficção, A Margem de 1967, foi destaque entre os críticos e abriu espaço para o pensamento do movimento Cinema Marginal entre os anos de Ditadura do Brasil. Visitante assíduo da Boca do Lixo construiu sua carreira pelos caminhos da Rua Triumpho e em longas conversas no Bar Soberano, onde conhecia histórias que contribuíram para as suas narrativas. Candeias já foi tema de pesquisas acadêmicas; estudos procuraram compreender o seu trabalho e suas composições imagéticas. Porém, ainda há uma lacuna sobre a produção cinematográfica de Candeias, principalmente ao que se realizou posterior à A Margem. Assim, este trabalho é uma proposta de análise da seguinte problemática: se há dimensões em seu cinema que parecem tender para o autorismo, por outro lado, filmes como Meu Nome é Tonho e A Herança indicam apontamentos para o “filme de gênero”, paradigma cuja homogeneização nega o próprio autorismo. Tomando tal tensão como ponto incitador da análise, esta tese se dirige a quatro de suas obras, filmes produzidos entre 1967 e 1974, anos em que se considera o Cinema Marginal como principal movimento cinematográfico nacional do momento. A Margem (1967), Meu Nome é Tonho (1969), A Herança (1970/71) e Zézero (1974) compõem o objeto desta pesquisa que vai procurar identificar estratégias estilísticas como indício de autoria em tais obras, as quais certamente entram em tensão com aspectos do “filme de gênero”. A tese se fundamentou no conceito de política de autor defendido pela revista Cahiers du Cinéma e para apoio metodológico sobre questões de gêneros textuais e intertextualidade terá apoio em Mikhail Bakhtin e Julia Kristeva, bem como Jacques Aumont, David Bordwell, Robert Stam e Francis Vanoyé, que serão base para as análises fílmicas. O cinema nacional será contextualizado a partir de nomes que integram a própria trajetória de estudos da sétima arte no Brasil, tais como Ismail Xavier, Jairo Ferreira, Fernão Ramos, Paulo Emília e Jean-Claude Bernardet. |