Práticas colaborativas no trabalho com alunos Público-alvo da Educação Especial (PAEE): o cotidiano de uma escola polo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Rosalen, Patrícia Cristina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/182538
Resumo: A educação inclusiva é um grande desafio possível, pois demanda a (re)organização dos espaços escolares, formação de pessoal e compreensão dos processos de aprendizagem na diferença. Para que isso ocorra, é fundamental a parceria entre os profissionais envolvidos no processo de aprendizagem dos alunos público-alvo da educação especial (PAEE) e a existência de diferentes modos de trabalho a fim de respeitar as diferenças. Fui vice-diretora da Escola Municipal Prof. Victorino Machado na rede municipal de ensino de Rio Claro/SP que é considerada polo da educação especial em decorrência do atendimento aos alunos PAEE, graças à competência de toda equipe que atua na escola. O trabalho que se apresenta objetiva compreender de que forma a estrutura organizativa da escola onde atuei possibilitou o trabalho com os alunos público-alvo da educação especial para a efetivação da proposta de educação verdadeiramente inclusiva. Socializo práticas desenvolvidas entre professores regentes, professora do Atendimento Educacional Especializado (AEE) e agentes educacionais, sujeitos que se responsabilizaram por elaborar e desenvolver projetos, atividades e materiais pedagógicos para alunos PAEE. Trata-se de pesquisa narrativa embasada nas formulações teóricas de Mikhail Bakhtin, Benjamin e Ginzburg em que a partir das experiências concretas vividas no contexto escolar, toma a mesma como objeto de estudo, no caso específico desta pesquisa, para ampliar e sistematizar a importância de promover espaços coletivos para que os sujeitos sintam-se mais confiantes ao lidar com os alunos PAEE, superando situações que nem sempre percebem quando trabalham de forma independente, além de promover desenvolvimento pessoal e profissional de todos os envolvidos na escola. Os dados foram produzidos a partir dos materiais existentes no universo escolar: Diário de Bordo dos professores (da Educação Infantil, do Ensino Fundamental e do Atendimento Educacional Especializado), Atas dos Horários de Trabalho Pedagógico Coletivo e Individual (HTPC e HTPI), Atas de reuniões de orientação, formação e avaliação, Plano de Desenvolvimento Individual (PDI) dos alunos PAEE, bem como registro avaliativo dos pais dos referidos alunos sobre o trabalho na escola onde consta o histórico dos mesmos, suas impressões sobre o desenvolvimento do filho e descrevem, especificamente, sobre o trabalho pedagógico (da professora do AEE, professores da sala regular, demais professores, agentes educacionais e núcleo gestor). Somam-se aos documentos referidos, meu caderno de registro cotidiano de vice-diretora, meu caderno de registro como pesquisadora, o Projeto Político Pedagógico da Unidade Educacional, e, registro reflexivo em que, tanto professores quanto agentes educacionais, foram convidados a discorrer sobre suas experiências junto aos alunos PAEE.A partir do estudo, as lições aprendidas estão em torno da importância da presença do aluno PAEE para que o ensino de toda turma seja qualificado, o benefício da inserção dos recursos da Tecnologia Assistiva para atender às necessidades e limitações do referido aluno, bem como a valorização do compromisso assumido pelos envolvidos para a aprendizagem de todos. Soma-se aos achados, a importância da formação continuada singular oferecida na referida escola por nela estarem inseridos os alunos público alvo da educação especial, a formação inicial e continuada da professora do AEE (específica em Educação Especial) e a busca por caminhos singulares em cada situação específica dos alunos da EM Prof. Victorino Machado a exemplo da rede municipal de ensino de Rio Claro.