Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Watanabe, Erika Mayumi |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/214532
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Resumo: |
A orbitopatia de Graves (OG) é uma doença autoimune capaz de causar alterações estéticas e visuais que podem comprometer a qualidade de vida dos portadores e levar à perda da visão. O diagnóstico e o tratamento precoces são imprescindíveis para evitar o efeito psicossocial negativo e complicações irreversíveis. O exame de tomografia computadorizada (TC) é uma ferramenta importante no diagnóstico e acompanhamento da OG e poucos estudos correlacionam achados tomográficos de espessamento muscular e proptose com fatores de risco, alterações laboratoriais e atividade da doença. Objetivo: conhecer a prevalência das alterações tomográficas da OG (espessamento de musculatura extrínseca e grau de proptose) nos pacientes atendidos no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB), e correlacioná-las entre si e com fatores de risco e variáveis clínicas/laboratoriais. Material e Métodos: Estudo transversal, com análise de dados de pacientes com orbitopatia de Graves acompanhados no HCFMB, no período de julho de 2012 a dezembro de 2020. Foram incluídos pacientes com pelo menos um exame tomográfico de órbitas no período estudado e quantificada a espessura da musculatura ocular extrínseca e o grau de proptose. Variáveis clínicas, laboratoriais, e fatores de risco foram correlacionados às alterações tomográficas e atividade e gravidade da OG. Resultados: Foram coletados dados de 67 pacientes com OG (134 órbitas), sendo 50 do sexo feminino (74,6%) e 17 do masculino (25,4%). A idade dos pacientes variou de 21 a 84 anos com média de 48 ± 14,7 anos. Quinze pacientes eram diabéticos (22,4%) e 13 (19,4%) tabagistas ativos. Pelo escore de atividade clínica (CAS), 61 pacientes (91%) se encontravam na fase inativa da OG. Pelo critério de gravidade EUGOGO, 52 pacientes (77,6%) tinham OG leve, 14 (20,9%), moderada a grave e somente um (1,5%), a doença muito grave. Pelos níveis de TSH e T4 livre, 40 pacientes se encontravam em estado de eutireoidismo (60,6%), 18 em hipertireoidismo (27,3%) e oito (12,1%), em hipotireoidismo. Houve correlação positiva entre CAS e níveis aumentados de TSH/T4 livre. A análise morfométrica das tomografias alteradas revelou maior espessamento do músculo reto inferior seguido pelo complexo muscular superior, reto medial e reto lateral, em ambos os olhos. Houve correlação positiva entre gravidade da OG e aumento de espessura muscular e entre grau de proptose e espessamento da musculatura extrínseca. Conclusões: a tomografia computadorizada de órbitas se mostrou efetiva na detecção do espessamento da musculatura ocular extrínseca e da proptose em pacientes com OG, alterações que se correlacionaram de forma significativa entre si. O espessamento muscular se relacionou à gravidade da OG, e tem potencial para ser um biomarcador de risco de perda visual. |