Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Renan Angrizani de [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/217418
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Resumo: |
Os corredores ecológicos (CE) são instrumentos importantes para conexão da paisagem e reversão dos processos de fragmentação florestal decorrentes da expansão urbana e crescimento populacional, favorecendo a transição da fauna entre os fragmentos florestais. Portanto, propõem-se uma metodologia para elaboração de CE com base em fatores que interferem no deslocamento da fauna e no custo de aquisição das áreas para conexão de unidades de conservação (UC), sendo elas, o Parque Natural Municipal Corredores de Biodiversidade e a Floresta Nacional de Ipanema. O estudo foi dividido em capítulos propostos para a publicação, sendo realizada uma revisão bibliométrica sistemática para os estudos de 2009 a 2018, onde foram identificados o Sistema de Informação Geográfica (SIG) utilizado, as principais extensões e o país. Posteriormente, foram identificadas as áreas protegidas legalmente (APL) de acordo com a Lei de Proteção da Vegetação Nativa para a interligação das UC com auxílio do software ArcGIS 10.6 e utilizando os dados do Cadastro Ambiental Rural (CAR) foram determinadas as APL em imóveis rurais. Propõe-se ainda uma metodologia para elaboração de Corredor Ecológico Multicritério (CEM) utilizando o modelo de caminho de menor custo (CMC) e estimando o custo de aquisição com base na planta genérica de valores, utilizando planos de informação (PI) que refletem na favorabilidade para o deslocamento da fauna e aquisição financeira das áreas, como o uso do solo, conflito de uso do solo por declividade, poluição luminosa, as APL e o custo de aquisição das áreas, que foram ponderados pelo Processo Hierárquico Analítico (PHA). Foi avaliado também o custo de aquisição de CE utilizando o LandScape Corridors (LSCorridors), realizando simulações com quatro métodos, tendo como mapa de superfície de resistência o uso do solo e cobertura vegetal. A China e a União Europeia se destacam em número de publicações, sendo o SIG mais utilizado o ArcGIS e o modelo CMC, utilizando diversos PI. Para a área de estudo de 406 km2, verificou-se a importância da utilização dos dados do CAR na identificação das APL. Desconsiderando as áreas das UC, somente 47,95 km2 da área de estudo está protegida legalmente e 57% destas áreas devem ser recuperadas. O CEM, apresentou um comprimento de 36,72 km e uma área de 7,17 km2 da qual 56,90% já se encontra protegida legalmente, e apresentou um valor para sua aquisição de R$ 690.506,54. Enquanto para os outros CE elaborados a partir do LSCorridors, sendo eles a medida por pixel (MP) e medidas de paisagem mínima (MLmin), média (MLavg) e máxima (MLmax), apresentaram um custo de: R$ 487.476,16 para MP, R$ 496.948,83 para MLmin, R$ 593.431,00 para MLavg e R$ 692.299,48 para MLmax. Sendo que embora o método MP tenha apresentado a maior distância (19,56 km) e área (3,90 km2), 41,05% da área já se encontra protegida legalmente apresentando menor custo de aquisição, visto que estas áreas não necessitam ser adquiridas pelo poder público para a efetivação do CE. Portanto, conclui-se que a metodologia proposta para estabelecer o custo em SIG para aquisição de áreas para compor um CE entre duas UC, apresenta um avanço nos modelos existentes de proposição de CE, podendo auxiliar o poder público, norteando a decisão de acordo com a viabilidade orçamentária da gestão pública e na captação de recursos. |