Seleção e diretrizes para o design de conectores ecológicos: uma abordagem metodológica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Bortoleto, Ludmila Araujo [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/183490
Resumo: A necessidade de estratégias adequadas para identificar regiões prioritárias em uma paisagem fragmentada e indicar propostas de adequação ao planejamento urbano é uma questão fundamental para a conservação da biodiversidade e desenvolvimento sustentável. As ações humanas geram paisagens cada vez mais fragmentadas, que necessitam de intervenção por meio de projetos de conexão ecológica para o reestabelecimento de ligações às unidades de conservação. No entanto, há pouco foco na identificação de barreiras, que causam resistência à matriz de percolação. Neste trabalho, um procedimento inovador, que utiliza métodos de avaliação da matriz quanto à percolação junto à seleção de áreas de vacância para favorecer a ligação de um grupo de fragmentos, foi proposto e aplicado em um cenário de habitat constituído pelo município de Sorocaba-SP. O modelo SIR (suitable index restoration) que fornece dados sobre a permeabilidade ou resistência foi aplicado para avaliação da matriz. Como amostragem, foram selecionados fragmentos com área maior do que 50ha. Para a seleção de pontos de conexão foi desenvolvido o método multi-buffer. A fusão de dados entre o modelo (SIR) e os padrões que ocorrem na matriz apontou regiões prioritárias para restauração, sendo 42,5% para restauração assistida. Os 25 maiores fragmentos foram precedentes para atribuir distâncias de ligações ente 60-120m. Com isso, foram identificados 9 pontos para aplicação do plano de restauração. Os vazios que fragmentam o corredor da biodiversidade foram determinantes para o design dos conectores ecológicos propostos para cada um dos diferentes cenários. Sendo que, 5 pontos apresentaram barreiras físicas e foram solucionados com a elaboração de passagens dos tipos subterrâneas ou aéreas. Em um dos casos foi utilizado um pequeno fragmento como trampolim para auxilio da conexão. Houve ainda, mudança na cobertura da terra e restauração passiva em um dos pontos ao longo de dois anos. A metodologia demonstrou efetividade na escolha de áreas que necessitam de restauração assistida para recomposição da paisagem. E o design de conectores pode contribuir para a literatura ampliando o campo de pesquisa e aplicação de projetos que visem conexões ecológicas.