Avaliação de um sistema florestal de curta rotação de Eucalyptus spp. em função da desbrota e adubação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Melo, Raoni de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/138336
Resumo: A preocupação com as questões ambientais e o desenvolvimento de diversos tipos de energias alternativas estimula a participação cada vez maior de fontes renováveis de energia. A energia gerada por meio da queima da biomassa é o maior destaque dentre as fontes renováveis, sendo uma das mais exploradas atualmente. O aumento da demanda de biomassa aumentou a necessidade de gerar uma maior quantidade de material em menor tempo e em áreas cada vez mais reduzidas. O presente estudo avaliou o crescimento e a produção da biomassa aérea em plantio de Eucalyptus grandis (Clone G21), no sistema de talhadia com enfoque na produção de biomassa florestal ao fim do ciclo de dois anos. O trabalho foi realizado na Universidade Estadual Paulista (UNESP), em área experimental da Fazenda Lageado, localizada no município de Botucatu – SP. A floresta de Eucalyptus grandis foi implantada em março de 2012 no sistema florestal de curta rotação em espaçamento de 3 x 1 m e colhida com a colhedora florestal FR 9060 da New Holland. A segunda rotação foi conduzida a partir da rebrota do plantio anterior com início em de outubro de 2013. A área foi subdivida em quatro tratamentos, os quais foram dispostos em dois fatores: com a desbrota e sem a desbrota; e com a aplicação da adubação comercial e sem a aplicação de adubação. O trabalho foi desenvolvido em um experimento inteiramente casualizado e considerou-se um esquema fatorial (2 x 2) com dois fatores, desbrota e adubação, foi realizado a ANOVA e quando apresentou diferença significativa foi realizado o teste TUKEY para a comparação entre as médias. A produção de biomassa florestal seca resultou em uma média geral dentre os tratamentos de 17,34 toneladas por hectare e o fuste foi o componente arbóreo que mais produziu tanto biomassa fresca quanto biomassa seca por hectare, o qual representa cerca de 91 % de toda a biomassa produzida na área. A densidade básica da madeira também não apresentou diferença estatística quando comparado os fatores silviculturais, obtendo uma média de 369 kg m-3. A umidade apresentou-se maior no componente fuste seguido das folhas e os galhos. Para os materiais voláteis e o teor de cinzas apenas apresentaram diferença no componente fuste, que apresentou maior média de materiais voláteis e menor média de carbono fixo. As folhas apresentaram o maior poder calorífico dentre os componentes, mas representam apenas 4,1% do total de biomassa por hectare. Nenhuma prática silvicultural comparada neste trabalho, desbrota e a adubação, apresentou um resultado com diferença significativa a 5% de probabilidade para a produção de biomassa e para a produção de energia. Desse modo, pode-se afirmar que para a talhadia de sistemas florestais de curta rotação com o enfoque para a produção de biomassa e bioenergia não faz necessário realizar as adubações e nem a desbrota, sendo que estas duas operações são onerosas, tanto economicamente como no dispêndio energético, mas para que isso ocorra devem-se atentar as boas práticas silviculturais no primeiro ciclo, principalmente para o fator adubação.