O projeto educativo da Fundação Odebrecht: um estudo sobre seus fundamentos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Rios, Roseane Oliveira [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/144595
Resumo: A educação pública passa a ter um papel estratégico no desenvolvimento de uma pedagogia da hegemonia. Esta pesquisa, então, tem como objeto de estudo o projeto educacional da Fundação Odebrecht e sua implementação na Bahia, em uma região específica, identificada como Baixo Sul da Bahia. Fundamenta-se em autores como Frigotto (1977 e 1983), Rodrigues (1998), Bryan (1983) e Bitencourt (1991), que estudaram a atuação do empresariado na educação; também Calazans (1993) e Leite (1999), no tocante a estudos da educação rural; Garcia (2009), Campos (2009), Tautz (2010), nos estudos sobre as transnacionais e o financiamento público; e Neves (2008) e Martins (2007) sobre a sociabilidade burguesa. Para a depreensão dos resultados desejados, foram analisados como fontes principais os projetos das escolas tomadas como fonte de investigação. Para dar maior consistência à análise, contribuíram como fontes secundárias informações contidas em folders, cartilhas, vídeos e fotografias, conseguidos em campo, nas duas escolas. Além disso, sites das duas escolas foram, igualmente, fontes de consulta. As categorias de análise eleitas foram educação e formação humana, educação e trabalho, concepção de campo e gestão. Os resultados da pesquisa evidenciaram que, desde a década de 1940, a empresa em tela se instalou na região para desenvolver seus negócios e, a partir de 2003, centrou suas forças em projetos educacionais para atender, principalmente, ao público de jovens e adolescentes do campo. Tal projeto educacional, no entanto, apesar da denominação Educação do Campo, apresenta, em seu bojo, os objetivos do empresariado para formação da classe trabalhadora brasileira, ação que começa a ser gestada também na década de 40; a isso, mescla elementos de continuidade da educação rural enquanto pacote de medidas educacionais para o campo brasileiro.