Avaliação clínica, hemogasométrica, do perfil metabólico e do estresse oxidativo de ovelhas prenhes da raça dorper: comparação entre gestações única e gemelar.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Santarosa, Bianca Paola
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/153181
Resumo: Durante a gestação ocorrem modificações no metabolismo de ovelhas que podem predispor a ocorrência de transtornos metabólicos, dos quais se destaca a toxemia da prenhez (TP), especialmente no terço final de¬vido ao maior crescimento dos fetos. Os objetivos deste estudo foram avaliar o perfil metabólico de ovelhas durante a gestação e no periparto imediato (até 48 horas pós-parto), comparando-se gestação única com gemelar. Foram utilizadas 60 ovelhas criadas em manejo semi-intensivo, hígidas, da raça Dorper, com dois a cinco anos de idade. Foram constituídos dois grupos experimentais: Grupo 1: 30 ovelhas, com diagnóstico ultrassonográfico de gestação de feto único; Grupo 2: 30 ovelhas, com diagnóstico ultrassonográfico de gestação gemelar. Os momentos experimentais foram definidos como: MI – imediatamente após a inseminação artificial (controle); MG30 – 30 dias de gestação; MG90 – 90 dias de gestação; MG120 – 120 dias de gestação; MG130 – 130 dias de gestação; MG140 – 140 dias de gestação; MP - dia do parto; MPP1 - 24 horas após o parto; MPP2 - 48 horas após o parto. Em todos os momentos foram realizados pesagem; ultrassonografia transabdominal para confirmação da viabilidade fetal; e colheita de amostra de sangue venoso para as diversas análises laboratoriais: exames bioquímicos (ureia, creatinina, AST, FA, GGT, PT, albumina, globulina, colesterol e triglicérides); dosagens hormonais (insulina, glucagon, cortisol, T3, T4) e glicemia; dosagens dos marcadores de estresse oxidativo (concentrações do TBARS e grupo tióis reduzidos; atividades enzimáticas da SOD, GSH-Px e catalase); equilíbrios ácido-básico e eletrolítico obtidos por exame hemogasométrico (pH, PCO2, HCO3-, TCO2, EB, Na+, K+, Cl-, iCa+2, lactato, ânion gap e diferença de íons fortes). Não houve manifestação de TP no presente estudo, provavelmente pelo manejo geral adequado da propriedade, no que se diz respeito ao plano nutricional, boas instalações e sanidade do rebanho. Portanto, não foi possível predizer a ocorrência da doença a partir das análises laboratoriais realizadas. No entanto, estabeleceu-se panorama geral metabólico da ovelha prenhe da raça Dorper em condições de criação semi-intensiva, além de ter a comparação entre gestação única e gemelar. Foi possível também concluir que o metabolismo da ovelha com gestação gemelar não apresenta maior predisposição aos transtornos metabólicos e ao desenvolvimento da TP em relação à ovelha com gestação simples. Isso porque o metabolismo depende muito mais da condição nutricional e escore corporal do que simplesmente pelo tamanho ou número de fetos. Neste trabalho, as ovelhas com gestação gemelar tiveram melhor adaptação às mudanças fisiológicas provocadas pela prenhez, visto os resultados do sistema antioxidante frente aos agentes oxidantes, bem como para manter o equilíbrio ácido-básico.