Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Rocha, Dilson Brito da [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/150507
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Resumo: |
Com este estudo pretendemos examinar e elucidar como Kant enfrenta a religião em sua obra A Religião dentro dos limites da simples razão, operando de tal forma que a localiza na moral, ao mesmo tempo em que, a rigor, distingue tais áreas tão somente naquilo que tange à metodologia e formalidade peculiares. Ele não quis, à vista disso, abordá-las como que ipsis verbis. Em sua acepção, assuntos com substrato metafísico-dogmático permanecem inacessíveis à razão pura, e, portanto, não se pode, teoricamente, nem negar nem tampouco afirmar neste afã, ao que põe no crivo da crítica a razão humana. Por conseguinte, Kant toma a questão religiosa como sendo objeto da razão prática, assim como do sentimento estético, principalmente inserindo neste campo a ideia de postulação, nevrálgica em sua teologia. Versa sobre as relações do homem com Deus, entendendo este último como sendo justo remunerador, ser moral, legislador superior e perscrutador dos corações. Ao fazê-lo desloca-o do campo da pura especulação para a moralidade. Não se volta para as construções da teologia racional, mas lhe interessa mostrar que o homem não deve ter uma relação barganhista para com Deus. Destarte, o homem não deve delegar sua tarefa de melhoramento moral para outra instância (tutela), posto que esta tarefa é do sujeito mesmo, correndo o risco de em não o fazendo, viver imerso na superstição da religião estatutária, ao invés de viver a religião da razão, ou se quisermos, a religião moral. Por via de regra, o problema religioso, fulcral na filosofia kantiana, tem subjacente o mal, que origina no próprio homem, tendencioso ao vício, dado o desregramento interior, e que, devido os ditames da razão, é impelido à direção contrária, chamando-o à conversão. Em síntese, restringiremos este estudo, primeiramente, à investigação do caminho que Kant percorreu para, ao falar de conteúdos de estofo religioso, sintetizá-los, in totum, naqueles de ordem moral, a fim de mostrarmos, posteriormente, que a religião é provisória ou passageira. |