Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Rodrigues, Fernanda Saad |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/217637
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Resumo: |
São denominados “experimentos naturais” estudos que avaliam o impacto de uma intervenção natural ou artificial, externa ao controle dos investigadores. Em 26 de outubro de 2010, em esforço para conter a escalada da resistência de bactérias a antimicrobianos, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) expediu a Resolução de Diretoria Colegiada (RCD) 44, condicionando a venda desses medicamentos em farmácia à apresentação de receita médica. Em face desse “experimento natural”, foi utilizada a análise de séries temporais interrompidas para avaliar o impacto da medida sobre a etiologia e a resistência a antimicrobianos em agentes de infecção urinária adquirida na comunidade. O levantamento foi realizado junto ao laboratório de microbiologia do HCFMB, sendo considerados dois períodos: pré-intervenção (janeiro/2005 a outubro/2010) e pós-intervenção (novembro/2010-dezembro/2018). Os desfechos: proporção de agentes etiológicos e taxas de resistência aos antimicrobianos mais utilizados na prática clínica foram abordados por testes estatísticos usuais e por análises de séries temporais (modelos autorregressivos, ex.: ARIMA – Autoregressive Integrated Moving Average, análise de regressão segmentada). Como resultado, observamos sazonalidade das ITU, com predomínio no verão. A análise de ITS demonstrou diferentes resultados, nos quais se sobressaem: (a) redução significante da proporção de enterobactérias não Escherichia coli e bacilos Gram-negativos não fermentadores; (b) impacto sobre evolução de taxas de resistência a aminoglicosídeos e cefalosporinas de 1ª. Geração, mas não a quinolonas, trimetoprim-sulfametoxazol e cefalosporinas de 3ª. Geração. Em face dos resultados, não é possível no momento confirmar o impacto positivo da RDC 44 sobre a resistência em uropatógenos adquiridos na comunidade. |