Avaliação do perfil de sensibilidade das bactérias à fosfomicina em urinoculturas de pacientes ambulatoriais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Lima, Rafael Corrêa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/10998
http://dx.doi.org/10.22409/PPGMI.2019.m.08215307710
Resumo: Introdução: As infecções urinárias são importante causa de morbidade, levando ao comprometimento de qualidade de vida e onerando o sistema de saúde. O aumento da resistência bacteriana tem levado a um interesse crescente na busca de opções para o tratamento de tais infecções, entre eles, a fosfomicina. Objetivos: Avaliar em urinoculturas de pacientes ambulatoriais a sensibilidade das bactérias à fosfomicina, traçar o perfil microbiológico e comparar a sensibilidade à fosfomicina com os principais antibióticos da prática clínica. Metodologia: Trata-se de estudo retrospectivo transversal a partir de banco de dados de um laboratório privado em Niterói e São Gonçalo, contendo urinoculturas realizadas de 2014 a 2017. O teste de McNemar foi utilizado para avaliar a concordância entre a sensibilidade à fosfomicina e a cada um dos demais antibióticos testados. Resultados: Foram avaliadas 2.990 culturas positivas. Fosfomicina foi testada em 2.637 espécimes e a sensibilidade foi de 94,1%. Escherichia coli esteve presente em 61,6% da amostra, com sensibilidade à fosfomicina em 97,9% dos casos. Klebsiella sp. foi sensível em 86,6% dos casos, Enterococcus sp., em 94,9% e Proteus mirabilis, em 83,3%. Para E. coli, a comparação com os demais antibióticos mostrou maior percentual de amostras sensíveis à fosfomicina, exceto para imipenem (p<0,001). Klebsiella sp mostrou o mesmo perfil, entretanto não houve diferença entre fosfomicina e gentamicina (p=0,91). Para Enterococcus sp., não houve diferença estatisticamente significante na comparação com nitrofurantoína e ampicilina. Ao comparar com sulfametoxazol/trimetoprim e nitrofurantoína, a fosfomicina apresentou maior percentual de amostras com P. mirabilis sensíveis. Conclusão: As bactérias identificadas nas urinoculturas apresentam alta taxa de sensibilidade à fosfomicina. Na maior parte dos casos, há um perfil de sensibilidade favorável à fosfomicina ou pelo menos comparável aos demais antibióticos estudados