"Para seu próprio bem‟: educação e castigo na obra de Alice Miller

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Brasil, Roseli Zanon
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/204344
Resumo: Nesta pesquisa assumimos o objetivo de estudar a obra da psicanalista Alice Miller para compreender a sua crítica estabelecida sobre a pedagogia, de um modo geral, e sobre a escola, de um modo particular. Recolhemos em sua obra as análises sobre os maus-tratos cometidos contra as crianças, os seus efeitos na produção do ódio e a sua força na sustentação de uma cadeia de violência em toda a sociedade. Nós nos empenhamos em compreender o seu modo de conceber a reparação como uma forma de desfazer o ódio instalado na dinâmica de constituição do sujeito, bem como os seus efeitos sobre os coletivos em seus esforços de estabelecer uma ordem social assentada em fundamentos democráticos. Expomos os seus argumentos sobre a ineficácia de uma proposta de fazer as crianças perdoarem seus pais pelos maus-tratos cometidos. Discutimos a proposta de reparação e sua relação com a presença do “mandamento do perdão” na cultura ocidental. Analisamos o quanto a crítica sobre a escola considera ou não a possibilidade de introduzir a reparação como parte dos processos educacionais. A iniciação nos estudos da obra de Alice Miller nos permite colocar em discussão possíveis contribuições dos saberes elaborados pela Psicanálise para o estabelecimento de um horizonte de colaboração com a Educação em seu empenho para responder aos desafios colocados à escola na sociedade contemporânea.