Revisão sistemática da interferência da normalização do fator de crescimento semelhante à insulina tipo 1 (IGF-1) e redução do hormônio de crescimento (GH) randômico na mortalidade dos pacientes com acromegalia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Bolfi, Fernanda [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/150576
Resumo: Objetivo: esta revisão sistemática da literatura e metanálise comparou a taxa da mortalidade na acromegalia com a taxa esperada na população geral dos estudos publicados antes de 2009 versus estudos publicados após. Métodos: foram criadas três estratégias de busca gerais e adaptáveis às bases de dados eletrônicas na área da saúde: Embase (1980–2015), Pubmed (1966–2016) e Biblioteca Virtual da Saúde (1982–2016). Foram incluídos estudos observacionais em que a mortalidade na acromegalia foi comparada à da população geral, por meio do número de mortes observadas nessa doença em comparação à taxa de mortalidade esperada para população geral (O/E). A partir do O/E, recalculamos todos os Standardized Mortality Ratio (SMR) e os seus respectivos intervalos de confiança (IC) que foram plotados em uma metanálise. Resultados: foram identificadas 1005 referências, dois revisores independentemente leram os títulos e resumos desses artigos. Dos 27 estudos potencialmente elegíveis, 23 foram incluídos e quatro foram excluídos por não preencherem os critérios de elegibilidade. A mortalidade geral na acromegalia foi significativamente superior a da população geral (SMR: 1,66, IC 1,44 - 1,93, p < 0,00001, I2 84%). Separando os artigos publicados a partir de 2009, a mortalidade na acromegalia não foi significativamente diferente 1,29 (IC 0,95-1,76, p=0,10, I2 86%). Nas análises por subgrupo de acordo com o status da doença, sete estudos consideraram como curados os pacientes que apresentaram a normalização do IGF-1 associado ao GH randômico < 2,5 ng/mL. Nesses indivíduos o SMR da metanálise foi 0,93 (IC 0,74-1,18, p=0,57, I2 33%) e dos que não atingiram esses critérios foi 2,23 (IC 1,53-3,27, p<0,00001, I² 61%). A mortalidade manteve-se significativamente maior nas causas cardiovasculares, respiratórias e cerebrovasculares [SMR: 1,78 (IC 1,52-2,10, p<0,00001, I² 49%), SMR: 2,29 (IC 1,63-3,23, p<0,00001, I² 49%), SMR: 2,62 (1,72-3,98, p<0,00001, I² 83%), respectivamente]. A metanálise dos que realizaram radioterapia evidenciou SMR de 2,15 (1,83-2,53, p<0,00001, I² 0%) e dos que não realizaram de 1,27 (0,95-1,69 p=0,11, I² 65%). Conclusão: apesar da alta inconsistência, não há diferença na mortalidade na acromegalia atualmente em comparação com períodos anteriores (antes e após 2009), e o controle bioquímico da doença com IGF-1 normal e GH randômico < 2,5 ng/mL está relacionado com normalização das taxas de mortalidade.