Revendo o gênero: a representação da mulher no Bildungsroman feminino contemporâneo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Galbiati, Maria Alessandra [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/106345
Resumo: O presente trabalho propõe-se a analisar a forma pela qual a representatividade da mulher está construída nos romances Rubyfruit Jungle (1973), da norte-americana Rita Mae Brown, e Hotel du Lac (1984), da inglesa Anita Brookner, abordados como Bildungsromane femininos contemporâneos. Ao se considerar o contexto sócio-histórico no qual as obras foram produzidas, observa-se que o novo papel da mulher neste cenário aponta uma mudança na sua representação cultural, fortalecendo a crítica social quanto ao status tradicional feminino. Na busca pela afirmação da individualidade e pela realização dos anseios pessoais, as trajetórias das heroínas Molly Bolt e Edith Hope são marcadas por uma situação ainda desfavorável às mulheres, uma vez que a construção do feminino acontece em ambientes desarmoniosos ou traumáticos, apresentando uma contradição entre o espaço conquistado na sociedade contemporânea e sua respectiva representação literária. Assim, as autoras, ao estabelecerem uma espécie de tradição consciente com o paradigma do Bildungsroman, retomam de maneira crítica os valores humanistas da Bildung germânica e problematizam a influência explícita/implícita do pensamento patriarcal na construção do feminino, oferecendo novas perspectivas. A capacidade de autoanálise das duas heroínas sobre sua posição como sujeito no mundo e conscientização de sua diferença sobressai-se. Por isso, seja na fase de despertar na adolescência, seja num momento de renascimento pessoal na meia-idade, Molly e Edith escolhem os próprios valores do aprimoramento estético-espiritual e da liberdade-responsabilidade no processo formativo. Entende-se que estas decisões revelam-se formas de rejeição das normas culturais pré-estabelecidas às mulheres, promovendo a escrita como caminho para a...