Análise dos isótopos estáveis na caracterização e rastreabilidade da madeira de Eucalyptus grandis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Silva, Jessica Alexandra da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/213742
Resumo: O gênero Eucalyptus destaca-se no meio comercial de reflorestamento devido ao alto rendimento madeira e facilidade de adaptação de suas espécies a diferentes climas e regiões. Contudo, pesquisas relacionadas à análise de isotópica aplicadas em madeira de reflorestamento são raras para espécies plantadas no Brasil. Dentre elas, o Eucalyptus grandis é uma das espécies mais cultivadas e possui elevada importância econômica, podendo ser encontrada nas formas seminal e clone. As análises de isótopos estáveis (AIE) são amplamente utilizadas na identificação da origem geográfica e também na detecção de adulterações em diversos produtos agrícolas. De modo similar, as relações isotópicas estáveis de δ13C, δ18O e δ2H em madeira - principalmente em espécies nativas - são vastamente empregadas em estudos climáticos e cronológicos. Entretanto, um dos maiores problemas encontrados na AIE em madeira está na dificuldade de se realizar a amostragem de forma que represente a variação isotópica na árvore inteira, sem a necessidade de cortá-la. Assim, este trabalho avaliou a variação dos valores isotópicos δ13C, δ18O e δ2H na madeira de clones de árvores de E. grandis com intuito de otimizar a amostragem e a análise isotópica. Nesse sentido, os valores de δ13C foram determinados por duas técnicas de obtenção da fase gasosa da amostra, combustão e conversão em alta temperatura, a fim de comparar-se os resultados obtidos entre elas. Conjuntamente, foi demonstrada a variação isotópica dentro de cada árvore e entre árvores, bem como a variação dos isótopos no sentido radial dos discos amostrados. Por fim, os resultados de δ13C realizadas nas duas técnicas demonstraram alta concordância entre os valores. Enquanto que, a variação radial de δ13C e δ2H demonstraram moderadas oscilações entre os pontos, principalmente nos discos a 12,5%, 37,5% e 62,5% em relação à altura das árvores. Esse comportamento não foi observado para o δ18O que não demonstrou tendência padrão dos pontos no sentido radial conforme notado nos resultados de δ13C e δ2H. Ainda assim, conforme demonstrado neste trabalho as amostragens em espécies de E. grandis podem ser realizadas extraindo-se amostras sem a derrubada das árvores.