Biodisponibilidade do zinco de dieta brasileira utilizando a técnica com isótopos estáveis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Ribeiro, Marisilda de Almeida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9132/tde-14092017-155725/
Resumo: A associação entre distúrbios metabólicos e carência dietética de zinco mostra-se relacionada com o desequilíbrio de nutrientes na dieta, apontado como um fator interferente na biodisponibilidade desse mineral. Este trabalho teve por objetivo, avaliar a biodisponibilidade do zinco em dieta brasileira, adequada em energia e macronutrientes, utilizando técnica com isótopos estáveis. Depois de identificado o perfil alimentar de 12 indivíduos, do sexo masculino, com idade entre 19 e 42 anos, o grupo consumiu, durante 7 dias, uma dieta experimental, equilibrada e variada. No 8° dia do experimento cada indivíduo recebeu uma dose intravenosa de 70Zn e a refeição do almoço marcada, extrinsecamente, com 67Zn, ambos enriquecidos. Os voluntários, com 68 ± 5kg e 1,73 m, apresentavam-se eutróficos (IMC=23 ± 1) e clinicamente saudáveis, tendo-se constatado um consumo usual de dieta hiperproteica e hiperlipídica, para a maioria do grupo. A análise direta das dietas consumidas revelou que foi atendida 95% da recomendação de energia para o grupo (2809 ± 198,54 kcal), distribuída em 16, 26 e 58% para proteínas, lipídios e carboidratos, respectivamente. Ao contrário do Ca (712 ± 79 mg), as concentrações de Zn (11,62 ± 1,55mg) e Fe (10,65 ± 1,47mg) superaram as recomendações, e as frações IP5 e IP6 do fitato não foram detectáveis (<0,01). Das análises das concentrações de zinco no plasma, eritrócitos e urina, conclui-se que o estado nutricional, relativo ao zinco, da maioria dos voluntários mostrou-se satisfatório, uma vez estar de acordo com os padrões de referência. O enriquecimento dos isótopos 67Zn e 70Zn na urina de cada indivíduo foi determinado pela técnica de espectrometria de massa por plasma induzido (ICP-MS), revelando percentual de absorção de 30%, com variações entre 11 e 47%. Os resultados indicam que a biodisponibilidade do zinco na dieta avaliada pode ser classificada como sendo de moderada a alta, segundo critérios da OMS.