Ansiedade física social e atenção com a forma corporal de indivíduos adultos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Teixeira, Patrícia Angélica
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/193493
Resumo: Objetivos: i. apresentar a versão em português da Attention to Body Shape Scale (ABS), ii. estimar as propriedades psicométricas da ABS e da Escala de Ansiedade Física Social (SPAS) quando aplicadas à indivíduos adultos, iii. estimar a influência de características amostrais na atenção que os indivíduos despendem com a forma do corpo e dessa na ansiedade social devido a aparência física e iv. estimar a correlação entre diferentes componentes da composição corporal e escores de atenção com a forma do corpo e ansiedade social com a aparência física. Métodos: Realizou-se adaptação transcultural e validação de conteúdo da ABS. As propriedades psicométricas dos instrumentos aplicados à amostra foram analisadas a partir de análise fatorial confirmatória. As validades convergente e discriminante e a confiabilidade foram investigadas. Utilizou-se análise multigrupos para avaliação da invariância fatorial de cada instrumento entre subamostras independentes. Após ajustamento dos instrumentos à amostra, um modelo estrutural foi elaborado para verificar a influência de características demográficas e do estado nutricional antropométrico na atenção despendida com a forma do corpo e dessa na ansiedade social devido a aparência física. Os escores gerais médios de atenção com a forma do corpo e da ansiedade social devido a aparência física foram estimados. Foi realizado estudo de correlação de Pearson (r) entre os escores e componentes da composição corporal. Resultados: No total, participaram 1.795 indivíduos (amostra feminina=70%) com média de idade de 25,5 (desvio-padrão=6,6) anos. No processo de adaptação transcultural foi apontado que a versão em português da ABS foi bem compreendida pelos participantes. Para ajuste do modelo fatorial da ABS um item foi removido, pois, apresentou baixo peso fatorial. O modelo da ABS ajustou à amostra após exclusão do item. No que se refere a SPAS, o modelo original unifatorial não se ajustou aos dados e, portanto, uma nova estrutura foi explorada o que resultou em modelo bifatorial. Essa apresentou bons indicadores psicométricos. Na análise multigrupos, atestou-se forte invariância dos modelos ajustados dos instrumentos para subamostras independentes. No modelo estrutural, a atenção com a forma do corpo influenciou significativamente a ansiedade social devido a aparência física. Além disso, os indivíduos mais jovens, os participantes do sexo feminino, os que já fizeram uso de substâncias, suplementos alimentares e realizaram dietas para alterar o corpo, os praticantes de exercício físico e os que classificaram a própria alimentação como ruim/regular apresentaram maior atenção com a forma do corpo. Ainda, observou-se correlações significativas entre a composição corporal dos participantes e os componentes da ansiedade social devido a aparência física. Conclusões: Os dados obtidos com a ABS e com a SPAS foram considerados válidos e confiáveis para a amostra de adultos brasileiros. As características demográficas da amostra e o estado nutricional antropométrico tiveram impacto sobre a atenção com a forma do corpo essa influenciou a ansiedade social com a aparência, bem como os componentes da composição corporal. Assim, ressalta-se a importância da avaliação destas características no que se refere à imagem corporal.