Quando eu e o outro somos nós: comunicação para a coabitação organizacional e diversidade pela ótica de gestores empresariais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Caglioni, Cassiana Anunciata
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/183683
Resumo: As relações sobre comunicação, diversidade e gestão nas organizações costumam ser estabelecidas com foco na mensuração de desempenho, na busca por resultados econômicos e no uso de modelos, ferramentas e discursos que, ao invés de dialogar com questões sociais, históricas e de direito a partir do que é genuinamente humano, podem contribuir com ações discriminatórias ou microagressivas. Diante desse cenário, este trabalho parte do pressuposto de que em uma organização a comunicação deve protagonizar processos para a inclusão da diversidade, na medida em que produz a circulação de significados compartilhados, intervém na realidade e constrói um novo sentido de atuação, e que a ótica de gestores(as) organizacionais sobre a comunicação organizacional pode impactar efetivamente nas políticas e ações de diversidade nas empresas. Por essa perspectiva, constitui-se como objetivo da pesquisa analisar em que medida gestores e gestoras compreendem a comunicação organizacional como protagonista de processos inclusivos da diversidade e qual a importância do papel das pessoas que estão em cargos de gestão nesta articulação, discutindo a comunicação organizacional como um encontro que reconhece a alteridade e a diversidade, e entendendo o papel da gestão no processo comunicação para a coabitação organizacional, que presume participação, democracia, respeito, valores compartilhados, solidariedade e parcerias sustentáveis. A metodologia adotada compreende uma fase de levantamento bibliográfico e uma pesquisa empírica realizada junto a duas empresas da região de Bauru e Marília eleitas pela Revista Você S/A como uma das 150 melhores empresas para se trabalhar, com a realização de um mapeamento do perfil dos empregados e entrevista tanto com responsáveis pela gestão das empresas pesquisadas quanto com responsáveis pelas áreas de Recursos Humanos. Os resultados indicam que gestores(as) compreendem a comunicação organizacional de uma maneira instrumentalizada, ligada a uma área ou a determinado profissional, buscando transmitir ou desdobrar informações da organização de forma verticalizada e com vistas a melhorar a performance da companhia. Reflete-se que este tipo de comunicação não oportuniza a inclusão da diversidade e que gestores(as) organizacionais necessitam compreender contextos sociais e históricos para desenvolverem efetivamente seu papel político e transformador nas organizações para que, dessa maneira, a comunicação para a coabitação possa protagonizar, de fato, a inclusão da diversidade, criando ambientes livres, justos e democráticos.