Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Conte, Fernanda Lopes [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/204393
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Resumo: |
A infecção pelo HIV representa um grave problema de saúde pública no mundo, contando com milhões de pessoas infectadas e novos casos registrados anualmente. A terapia antirretroviral (TARV) mudou completamente o cenário da infecção, propiciando marcante redução da mortalidade das pessoas que vivem com HIV/aids (PVHA). Apesar dos benefícios da TARV, seu uso crônico pode resultar em efeitos adversos, como citotoxicidade e distúrbios metabólicos, processos que contribuem com a persistente ativação imune e estado inflamatório intenso que as PVHA apresentam. Assim, objetivamos investigar se a própolis, produto apícola que possui inúmeras propriedades terapêuticas, seria capaz de promover benefícios à saúde de PVHA assintomáticas em uso de TARV. Para isso, após randomização de 40 pacientes em caráter duplo-cego, os dois grupos (500 mg/dia própolis versus placebo) foram analisados em dois momentos: antes (M0) e 3 meses após (M1) a intervenção. Resultados da carga viral plasmática do HIV, contagem de células T CD4+/CD8+, hemograma e o perfil bioquímico/metabólico foram obtidos via prontuário eletrônico. A concentração de citocinas plasmáticas (TNF-α, IL-6, IL-10, IL-17, IL-2 e IL-4) e a proliferação de linfócitos foram determinadas por citometria de fluxo. A produção de citocinas (IFN-γ, IL-5, IL-17, IL-10, IL-18, IL-1β e IL-33) por células mononucleares do sangue periférico (PBMC) foi determinada por método imunoenzimático (ELISA). A expressão dos genes T-bet, GATA-3, RORγt e Foxp3 foi avaliada pela reação em cadeia da polimerase quantitativa em tempo real (RT-qPCR). Houve aumento na atividade de creatinofosfoquinase no grupo tratado com própolis, embora sem significância clínica. Observou-se, no mesmo grupo, aumento na concentração de magnésio, correlação positiva entre IL-10 (citocina anti-inflamatória) e contagem de células T CD4+, correlação negativa entre IL-10 e IFN-γ (citocina pró-inflamatória), além do aumento da expressão de Foxp3 e da proliferação de linfócitos T CD4+. Assim, os resultados indicam que o uso da própolis é seguro e pode ser uma alternativa para melhora da resposta imune e redução da inflamação nos pacientes assintomáticos, através da indução de células T reguladoras. Resultados adicionais obtidos com linhagem celular de monócitos humanos, em projeto paralelo, indicaram que a própolis exerce atividade antioxidante, potencialmente envolvida em sua ação anti-inflamatória e antialérgica, o que também pode ser uma contribuição para as PVHA. No entanto, mais estudos são necessários para confirmar esses achados e poder considerar a própolis uma intervenção efetiva para as PVHA, em especial àquelas com comorbidades ou falha terapêutica, não contempladas neste estudo. |