Growth curves of the visceral organs of Saanen goats

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Andrade, Marina Elizabeth Barbosa [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/151571
Resumo: Este trabalho foi realizado utilizando informações de 7 estudos, em que foram ajustadas curvas de crescimento ao desenvolvimento dos órgãos do sistema visceral de fêmeas, machos castrados e machos inteiros da raça Saanen de 0,5 a 19,5 meses de idade. Inicialmente, foram avaliados oito modelos: Regressão linear simples; Quadrático; Monomolecular; Brody; Von Bertalanffy; Logística; Gompertz; e Richards. Os dados dos órgãos viscerais (fígado, pâncreas, baço, rúmen-retículo, omaso, abomaso, intestino delgado e intestino grosso) e tecido adiposo mesentérico (TAM), foram ajustados nos modelos usando o procedimento NLMIXED do SAS. O melhor modelo ajustado foi escolhido com base no Critério de Informações Akaike corrigido para pequenas amostras (AICc) e nos coeficientes de correlação de concordância (CCC). Após a escolha do modelo que melhor ajustou a curva de crescimento dos órgãos viscerais avaliados, modelamos a variância buscando um melhor ajuste. Os parâmetros dos modelos para cada sexo foram comparados utilizando o comando CONTRAST (p < 0,10). Em geral, o modelo que melhor descreveu o crescimento de órgãos do sistema visceral foi o logístico (menor AICc e maior CCC). Quando os órgãos foram expressos em gramas, o sexo não influenciou os parâmetros das equações para predição do crescimento dos órgãos avaliados (p > 0,10), exceto o MAT (p < 0,02); em que as fêmeas apresentaram menor taxa de deposição comparada aos machos inteiros e castrados (0,318 ± 0,034 vs 0,659 ± 0,062), e um ponto de inflexão superior ao dos machos inteiros e castrados (7,7 vs 3,7 meses). No entanto, essa diferença entre os sexos não é encontrada quando o MAT é expresso em % ao peso do corpo vazio (PCV). Independentemente do sexo, no início do crescimento, o fígado representou 2,75 ± 0,113 % do PCV, cresceu (g) a uma taxa máxima de 0,531 ± 0,062, e o ponto de inflexão de sua curva ocorreu em 1,7 meses. O trato gastrointestinal (TGI) representou 9,14 ± 0,493 % PCV, e à medida que os animais cresceram o TGI diminuiu sua porcentagem em relação ao PCV a uma taxa constante de 0,135 ± 0,046 %. Considerando o período avaliado, em geral, o rúmen-retículo e o intestino grosso aumentaram sua porcentagem em relação ao PCV e TGI, enquanto o abomaso e o intestino delgado diminuíram sua porcentagem em relação ao PCV e TGI, à medida que o animal crescia. O rúmen-retículo e o intestino grosso, que estão diretamente relacionados à digestão de alimentos sólidos, apresentaram maiores taxas de crescimento nos dois primeiros meses de vida. Os resultados evidenciaram que o sexo não afeta o crescimento de órgãos do sistema visceral (g), exceto para MAT, porém, quando olhamos em % PCV alguns órgãos mostram diferenças entre os sexos, como o fígado, abomaso, intestino delgado, intestino grosso e intestinos. O conhecimento da curva de crescimento dos órgãos viscerais pode ser muito útil para melhorar a compreensão de seu impacto sobre as exigências nutricionais desses animais, e ser utilizado para otimizar ou desenvolver um plano nutricional adequado para cada fase de crescimento, como também auxiliar os produtores a desenvolver planos estratégicos em um rebanho de caprinos, como a melhor idade para desmame e abate desses animais.