Práxis e dinâmica territorial da luta pela moradia: articulações, contradições e possibilidades no âmbito do conflito capital x trabalho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Ikuta, Fernanda Keiko [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/105054
Resumo: A luta pela moradia na metrópole de São Paulo, a partir da perspectiva do conflito capital x trabalho, é o tema da presente tese. As questões que fizeram parte de nossas preocupações foram: apreender quais as conseqüências do neoliberalismo e do atual contexto de domesticação das alternativas e do campo de conflitos para os trabalhadores organizados na luta pela moradia; conhecer quais os atuais mecanismos do capitalismo na elaboração e implementação de políticas públicas e na construção de modelos de planejamento urbano que sirvam para reiterar sua hegemonia; e analisar até que ponto a luta pela moradia hoje poderia representar uma das frentes de oposição ao desenvolvimento desigual do capitalismo. Entendemos a luta pela moradia vista por dentro da luta de classes, como expressão de disputas entre territórios e práxis do capital e do trabalho. Nesse sentido, a práxis foi utilizada como categoria central para examinar a luta pela moradia por um caminho que nos ofereceu a possibilidade de desvelar o mundo fetichizado que envolve essa luta (a práxis que reitera o instituído) e, dialeticamente, as potencialidades de superação dessa ordem via práxis criativa/revolucionária (o instituinte). O nosso percurso se inicia pela situação dos trabalhadores sem teto da metrópole de São Paulo, considerando os processos de precarização/desterritorialização, tanto no trabalho como na vida. Na seqüência, abordamos os mecanismos do capital para efetivar essa constante reiteração do urbano instituído a partir da apresentação das políticas públicas e dos projetos urbanos hoje em pauta. Posteriormente, ao dar “voz” aos movimentos sociais de luta por moradia, pudemos perceber que eles desafiam a excludente lógica mercantil dominante...