Consciência e qualia a partir da perspectiva do duplo aspecto proposta por Thomas Nagel

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Prado, Juciane Terezinha do [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/153308
Resumo: Nesta Dissertação, abordamos a proposta do monismo dual (ou de duplo aspecto), sugerida por Thomas Nagel, para analisar os aspectos do mental como a consciência e os qualia. O estudo propõe analisar em que medida essas características mentais podem ser descritas de forma física, ou se, ao efetuar uma análise minunciosa dessas características, podemos concluir que elas não podem ser descritas da mesma forma que descrevemos eventos físicos. Para que possamos, então, as analisar, descrevemos, inicialmente, a abordagem dualista e em que medida ela contribui para nossa compreensão das características mentais como eventos não físicos. Analisamos, também seus problemas e dificuldades em se explicar a interação de processos mentais não físicos com o corpo físico. Em seguida, abordamos a concepção fisicalista, na qual, propomos descrever seus problemas e as razões pelas quais as características mentais não podem ser, simplesmente, explicadas ou mesmo descritas como processos físicos ordinários. No capítulo seguinte, descrevemos a perspectiva de Nagel, sobre a proposta do monismo de duplo aspecto, no qual o autor propõe duas perspectivas epistemológicas sobre a mente consciente, as perspectivas de primeira pessoa, restrita ao próprio ser consciente, e a perspectiva de terceira pessoa, correspondendo ao modo de abordagem típico das ciências empíricas. Nesta abordagem, as qualidades subjetivas (qualia) se restringem à perspectiva de primeira pessoa. Portanto, o monismo de duplo aspecto em Nagel pode ser caracterizado como sendo ontologicamente monista (trata-se de um só ser consciente) e epistemologicamente dualista (este ser é apreendido por si mesmo na perspectiva de primeira pessoa, e abordado cientificamente na perspectiva da terceira pessoa).