Ecologia molecular de fungos patogênicos onygenales em animais silvestres do interior do estado de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Pereira, Vírginia Bodelão Richini [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/100602
Resumo: A Paracoccidioidomicose (PCM) é uma micose sistêmica e a de maior ocorrência na América Latina, causada pelo fungo Paracoccidioides brasiliensis. Apesar dos esforços contínuos de diversos grupos de pesquisa principalmente do Brasil, Colômbia Venezuela e Argentina, a fase ambiental produtora de propágulos infectantes, seu nicho ecológico e outros aspectos fundamentais da biologia deste patógeno ainda representa um enigma. Sabe-se, no entanto, que há alguns indicadores biológicos onde se constata a infecção natural do P. brasiliensis em espécies de tatu Dasypus novemcinctus em áreas endêmicas. Assim, o isolamento sistemático deste patógeno nesta espécie animal tem despertado o interesse em avaliar outras espécies animais cuja distribuição geográfica seja coincidente com a da PCM. O conhecimento de reservatórios naturais de fungos patogênicos e o mapeamento de regiões habitadas pelos fungos são dados fundamentais para elucidar a eco-epidemiologia da PCM. O presente projeto focalizou a detecção ambiental do P. brasiliensis, bem como de outros fungos patogênicos geneticamente relacionados, em animais silvestres pelo emprego de métodos moleculares em amostras de tecido de animais atropelados em beiras de estradas. Sabe-se que esse material é muitas vezes negligenciado, sendo utilizado em estudos de conservação biológica e de parasitologia. Esta abordagem é inédita e útil no estudo da eco-epidemiologia da PCM. Foram avaliados também tatus (D. novemcintus) capturados em regiões geograficamente definidas, visando o isolamento fúngico do P. brasiliensis, bem como de outros fungos patogênicos, por cultura de órgãos, histopatologia e técnicas moleculares. A integração dos dados micológicos, moleculares e a aplicação de técnicas de geoprocessamento permitiu a caracterização da área geográfica dos animais avaliados e contribuiu para um melhor conhecimento sobre a ocorrência do patógeno no hospedeiro animal