Redescrição de um Dasypodini (Xenarthra, Cingulata) do quaternário do Estado de São Paulo e considerações sobre o gênero Propraopus Ameghino, 1881

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Castro, Mariela Cordeiro de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59139/tde-23042010-161900/
Resumo: O presente trabalho apresenta a descrição comparativa de crânio, pós-crânio e osteodermos do Dasypodini (Xenarthra, Cingulata) MNRJ 552-V, proveniente dos depósitos quaternários da Gruta de Itaporanga, Sorocaba-SP. Seu crânio foi tomografado e comparado àqueles de táxons viventes, de modo a abarcar as três subfamílias de Dasypodidae, enquanto seu pós-crânio foi comparado ao de Dasypus novemcinctus. Ademais, como MNRJ 552-V foi inicialmente descrito como pertencente a Propraopus punctatus, foram analisados materiais, especialmente osteodermos, atribuídos a este gênero depositados em coleções paleontológicas brasileira e argentinas. Para definir as relações do referido espécime com outros Dasypodini, um estudo filogenético foi realizado. Além de MNRJ 552-V, o grupo interno abarcou cinco unidades taxonômicas operacionais (OTUs), incluindo duas espécies viventes de Dasypus, dois espécimes atribuídos a P. grandis, bem como parte do material tipo de Dasypus sulcatus Lund, 1842, proveniente de Lagoa Santa-MG, tendo exclusivamente este sido analisado apenas por meio da literatura. O grupo externo, definido com base em estudos filogenéticos prévios, inclui Stegotherium tesselatum e Cabassous tatouay. Nesta análise, os osteodermos, que figuram historicamente como de grande relevância sistemática para Cingulata, igualmente mostraram-se fundamentais para diferenciar as OTUs do grupo interno. A única árvore mais parcimoniosa obtida por meio de busca exata sugere maior proximidade de MNRJ 552-V às espécies viventes de Dasypus, parecendo preferível atribuir tal espécime a D. punctatus Lund, 1840, o que coincide com a proposta nomenclatural original da espécie. Já o outro clado, que consiste de uma politomia com três outras OTUs, por incluir materiais referidos à espécie tipo do gênero (P. grandis) foi nomeado Propraopus. Deste modo, a OTU Dasypus sulcatus deve ser tratada como Propraopus sulcatus. A politomia que forma clado Propraopus corrobora a difícil distinção entre materiais P. sulcatus e P. grandis, previamente apontada por diversos autores.