As relações no processo de montagem cinematográfica entre os filmes Um homem com uma câmera e Koyaanisqatsi

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Palú, João Paulo [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/89498
Resumo: O presente trabalho tem o objetivo de estudar as relações no processo de montagem cinematográfica a partir da análise dos filmes Um homem com uma câmera (1929) de Dziga Vertov e Koyaanisqatsi (1983) de Godfrey Reggio. A escolha de tais filmes justifica-se, pois ambos procuram em sua montagem trabalhar a relação entre as imagens de uma maneira mais orgânica, relacional, não havendo tantos cortes que geram descontinuidade como na maioria dos filmes narrativos comerciais. A pesquisa também apresenta um panorama sobre o desenvolvimento e estabelecimento da linguagem cinematográfica desde seus pioneiros até o cinema captado com câmeras digitais, passando pelos grandes movimentos do século XX como, por exemplo, o Neorealismo italiano ou a Nouvelle Vague francesa e o quanto os filmes provenientes desses movimentos ajudaram no estabelecimento do cinema enquanto linguagem e expressão artística no século XX. A partir dos escritos teóricos dos grandes cineastas russos dos anos 1920-30 como Sergei Eisenstein, Vsevolod Pudovkin e Dziga Vertov, além dos estudiosos brasileiros Eduardo Leone e Maria Dora Mourão, apresenta-se um estudo sobre a importância da montagem no processo de construção de um filme. A análise do processo de montagem em Um homem com uma câmera e Koyaanisqatsi evidencia os pontos de contato entre ambos revelando uma lógica da linguagem fílmica, mesmo tendo sido realizados em um intervalo de mais de 50 anos e em duas culturas cinematográficas bastante distintas, além do que cada um tem de particular e o faz ser visto como produto de sua época