Agricultura, abastecimento e consumo na Aglomeração Urbana de Presidente Prudente - SP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Pereira, Claudinei da Silva [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/193344
Resumo: O cultivo de alimentos e a criação de animais estão presentes nas cidades de diferentes portes e regiões, para o autoconsumo e comercialização. A agricultura urbana é um fenômeno antigo, existiu nas cidades da Antiguidade e foi praticada pelos seus moradores nos arrabaldes. A pesquisa teve como objetivo analisar características e relações vinculadas à agricultura urbana, periurbana e rural nos municípios de Álvares Machado e Presidente Prudente (SP). Investigamos fatores que estiveram e estão ligados ao cultivo de alimentos nas cidades ou, nas suas imediações, associados ao abastecimento alimentar. Para isso, a compreensão de componentes da morfologia urbana é essencial, no sentido de desvendar quais espaços da cidade são passíveis de uso agrícola ou, que foram inviabilizados, tendo como fundamento, na atualidade, a lógica de produção da cidade sob o modo de produção capitalista. A teoria da renda da terra nos propiciou compreender a atuação dos agentes produtores do espaço urbano, bem como, novas formas do tecido urbano. A articulação entre abastecimento alimentar urbano, características do tecido urbano e aspectos socioespaciais possibilitou formular a tese: A cidade é espaço do consumo e da produção agrícola. A agricultura urbana (ou agricultura realizada na cidade) ocorre em decorrência das articulações na divisão técnica, social e territorial do trabalho entre campo e cidade, permeadas por contradições no que tange a incompletude do processo de separação das atividades econômicas entre estes espaços. O estudo que originou a tese foi conduzido com base na pesquisa bibliográfica; produção de dados de fonte primária por meio da aplicação de formulários junto aos produtores hortícolas e nos estabelecimentos que comercializam hortifrútis na aglomeração urbana de Presidente Prudente; mapeamento da incidência da agricultura no tecido urbano em 2016 e 2019; levantamento de preços dos alimentos hortifrútis no comércio varejista da aglomeração urbana estudada entre 2016 e 2018; levantamento de dados em fontes secundárias, realização de entrevista com pessoas-chave no fornecimento de insumos para a produção hortícola nos municípios de Álvares Machado e Presidente Prudente; e pesquisa da procedência dos alimentos hortifrútis comercializados no entreposto da Ceagesp, em Presidente Prudente. Como resultado, produzimos mapas sobre a incidência da agricultura nas áreas urbanas e da horticultura comercial nos espaços periurbano e rural. Elaboramos tipologia de análise da agricultura, tecemos reflexões que balizam o entendimento das transformações estruturais sobre a prática da agricultura nos espaços urbano, periurbano e referente ao abastecimento alimentar. Concluímos que a produção hortícola local exerce papel importante no abastecimento alimentar urbano, na geração de trabalho e renda, contudo, é insuficiente, requerendo a complementação de alimentos provenientes de outras regiões, ampliando o circuito espacial de produção.