Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Beretta, Victor Spiandor [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/217945
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Resumo: |
Introdução: pacientes com doença de Parkinson (DP) apresentam alterações nas respostas posturais e na habituação à perturbação externa devido aos déficits no funcionamento das vias córtico-basais. Apesar da estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC) modular o funcionamento das vias córtico-basais, ainda não está claro seus benefícios nas respostas posturais em pacientes com DP. Objetivos: analisar a efetividade de diferentes intensidades de uma sessão da ETCC nos ajustes posturais durante a habituação às perturbações externas (Estudo 1), e analisar a efetividade de oito sessões de ETCC nas respostas posturais em pacientes com DP (Estudo 2). Metodologia: vinte e quatro pacientes com DP participaram do Estudo 1 (crossover) e 20 do Estudo 2 (ensaio clínico com dois braços paralelos). Os 20 pacientes completaram o estudo e foram distribuídos randomicamente em dois grupos: 10 no grupo da ETCC ativa (a-ETCC) e 10 no grupo sham (s-ETCC). No Estudo 1, a ETCC anódica foi aplicada sobre o córtex motor primário (M1) com intensidades de 1mA, 2mA e sham em três dias diferentes (~2 semanas de intervalo) durante 20 minutos antes da avaliação do controle postural. Perturbação externa (7 tentativas) foi realizada pelo deslocamento posterior da base de suporte. No Estudo 2 foram realizadas oito sessões de ETCC durante três semanas. A partir dos resultados do Estudo 1, a intensidade de 2 mA foi utilizada no Estudo 2. As características das estimulações ativa e sham e as avaliações do controle postural foram semelhantes ao Estudo 1. No Estudo 2, a avaliação foi realizada nos momentos pré, após oito sessões e um mês após o término da intervenção. Os mesmos parâmetros eletromiográficos, do centro de pressão e da atividade do córtex pré-frontal (PFC) nos ajustes posturais preditivos e reativos foram analisados em ambos os estudos. ANOVA two-way com fator para condição de estimulação (1mA x 2mA x sham) e tentativa (1x2x3x4x5x6x7), com medidas repetidas foram realizadas no Estudo 1. No Estudo 2, foram realizadas ANOVAs two-way com o fator para grupo (a-ETCC x s-ETCC) e momento (pré x pós x Follow-up), com medidas repetidas para o último fator. Resultados: habituação à perturbação foi evidenciada independente da condição de estimulação. Pacientes com DP apresentaram menor latência dos músculos gastrocnêmio na condição de 2 mA e bíceps femoral em 1 mA, e menor tempo de reecuperação em ambas as condições em relação à sham. Nos ajustes reativos, a atividade do PFC no hemisfério não-estimulado foi menor na condição de 2 mA quando comparada a sham. No Estudo 2 foi evidenciado diminuição no tempo em posição instável nos momentos pós e Follow-up em relação ao pré para o grupo a-ETCC e menor atividade do PFC no hemisfério estimulado no momento pós quando comparado aos momentos pré e Follow-up. Conclusão: ETCC no M1, principalmente com 2 mA, alterou positivamente as respostas posturais de pacientes com DP. Porém, não foi capaz de promover a habituação à perturbação em menos tentativas. Oito sessões de ETCC parece melhorar o equilíbrio dos pacientes com DP após e um mês após o termino das sessões. |