Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Camargo, Raquel Mori Pires de [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/96473
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Resumo: |
Considerando que, além do sofrimento psíquico, as pessoas portadoras de transtorno mental também podem padecer de doenças físicas, e, portanto, podem ser atendidas em serviços não específicos, como o hospital geral, este trabalho teve como objetivo Identificar as percepções dos enfermeiros de um hospital geral acerca dos transtornos mentais ao lidarem com os pacientes psiquiátricos em seu cotidiano de trabalho. Trata-se de uma pesquisa com abordagem qualitativa, as narrativas foram analisadas embasadas na análise temática e o referencial teórico de Benedetto Saraceno e Emerson Elias Merhy, autores que abordam a reabilitação psicossocial e o processo de cuidar, respectivamente. Foram entrevistados dez enfermeiros e da análise dos discursos produzidos emergiram três temas: o preconceito, a carência de conhecimento na área de saúde mental e a deficiência no cuidado. A discussão dos temas demonstrou que o preconceito sobre os portadores de transtorno mentais ainda é presente na percepção dos enfermeiros, aparecendo de diversas maneiras, como mecanismos de defesa, formas de poder e atitudes de exclusão e discriminação. A carência de conhecimento foi evidenciada, tendo como fatores importantes a formação acadêmica e as condições pessoais internas dos sujeitos. Já a deficiência no cuidado apontou a prevalência do modelo biologicista, pautado na medicalização, que tem como consequência a dicotomia no cuidado. A partir destas reflexões, vê-se a importância de haver uma cultura institucional de valorização do cuidado e das pessoas, evidencia-se a necessidade de modificar conceitos antigos, como também, torna-se necessário a articulação da rede de atenção à saúde mental, da qual faz parte o hospital geral, como ferramenta fundamental para uma assistência completa à pessoa portadora de transtorno mental |