A percepção dos enfermeiros em relação ao cuidado de pacientes com doenças mentais atendidos na rede de urgência e emergência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: CARVALHO, Ludmila Borges de Castro Prata
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Graduação em Enfermagem
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/1041
Resumo: Nesse conjunto de mudanças, incitadas pela política de saúde mental cujo movimento para a ampliação de ações na assistência e envolvimento multiprofissional é de suma importância, o conhecimento que os atores envolvidos têm a respeito do assunto é fundamental. Assim este estudo possui como objetivo investigar a percepção que os profissionais de enfermagem, atuantes no componente de Atenção as Urgências, têm sobre o transtorno mental. Trata-se de uma pesquisa descritiva e exploratória com abordagem qualitativa. A investigação foi baseada na realidade social, considerando os valores e as atitudes dos profissionais, seus pensamentos sobre suas atividades e como interpretam o contexto de trabalho vivido. O estudo foi realizado na Rede de Urgência e Emergência, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), em um município do interior de Minas Gerais, que inclui: 01 Unidade de Pronto Atendimento. A população participante desta pesquisa foi composta por enfermeiros que atendem pessoas com sofrimento ou transtorno mental. A amostra foi intencional, e a coleta foi realizada até que se observou saturação dos dados investigados. Para a coleta de dados, utilizou-se um roteiro de entrevista semiestruturada. A entrevista foi gravada e as falas transcritas na íntegra, além de checadas duas vezes por pesquisadores diferentes, para garantir a fidedignidade da transcrição. Os dados foram analisados a partir da técnica de análise de conteúdo com abordagem qualitativa em três etapas: pré-análise; exploração do material; análise de conteúdo. Participaram do estudo 35 enfermeiros e com os resultados da pesquisa pode-se concluir, a maioria eram mulheres, com ensino superior completo que trabalhavam apenas na UPA. Destaca-se que nenhum enfermeiro possuía especialização em saúde mental. Como resultado identificou-se que o atendimento, nos serviços de urgência e emergência, ainda é precário, permeado por preconceitos, desconhecimento e medo. Com um foco além do preconizado pelas instituições de referência, na medicalização e na contenção física, deixando o atendimento prestado menos humanizado, sem considerar as especificidades dos pacientes e familiares. Os resultados sintetizados mostraram a importância de incluir ações como educação permanente, aprimoramento da qualificação e da capacitação dos profissionais, além da busca pelo apoio da gestão. O investimento em implementações em relação aos processos de formação deve ser pautado nas novas estratégias de cuidado preconizadas pelos princípios do SUS e pelo paradigma psicossocial, onde se valoriza as potencialidades dos profissionais e principalmente os usuários de maneira geral. Também é essencialmente fundamental uma reorganização das disciplinas da graduação para melhor assistência de qualidade e onde esteja presente a integralidade do cuidado humano.