Cirurgia da mão ou do punho na vigência de antitrombóticos orais: Revisão sistemática e metanálise

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Deienno, Francisco Simões
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
AAS
ASA
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/154851
Resumo: Introdução: O risco de sangramento em cirurgias realizadas na vigência de antitrombóticos preocupa o cirurgião, em contrapartida, a suspensão do agente antitrombótico aumenta o risco de trombose. Esse dilema levou a realização desta revisão. Objetivo: avaliar, por meio de revisão sistemática e metanálise, se há ou não necessidade de suspender medicamentos antitrombóticos orais (varfarina, fluindiona, acenocumarol, AAS e clopidogrel) para a realização de procedimentos eletivos de cirurgia do punho e da mão. Métodos: revisão sistemática de estudos experimentais ou observacionais que tenham avaliado cirurgias de mão e punho na vigência do agente antitrombótico. Foram pesquisadas as bases de dados LILACS, Pubmed, Embase, Cochrane e Scopus, sendo selecionados series com cinco ou mais cirurgias . Os desfechos avaliados foram: complicações graves (necessidade de tratamento cirúrgico) e leves (sem necessidade de tratamento cirúrgico). Resultados : foram selecionados 10 estudos observacionais para análise qualitativa envolvendo 2971 cirurgias. Seis desses estudos foram selecionados para análise quantitativa, envolvendo 319 cirurgias do punho e da mão realizadas na vigência de varfarina, fluindiona, acenocumarol, AAS e clopidogrel e 629 cirurgias realizadas em pacientes sem uso dos antitrombóticos. O risco de complicações leves foi maior nos pacientes que estavam recebendo antitrombóticos ( RR 1,55, IC 95% 1,02 a 2,35; I 2 = 23%, 948 cirurgias), e o risco de complicações graves foi semelhante nos dois grupos (RR 1,83, IC 95% 0,32 a 10,29; I 2 = 0%, 948 cirurgias). Conclusões: Pacientes em uso de anticoagulantes orais ou antiplaquetários orais tem um risco maior de desenvolver complicações leves, isto é aquelas que não necessitam de reintervenção cirúrgica , quando submetidos a cirurgias do punho e da mão na vigência de tratamento antitrombótico.