Corpos em devires: por outros modos de existência na escola

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Ferreira, Kallyne Fernanda dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/242621
Resumo: A presente pesquisa objetiva expor diferentes modos de existir que reivindicam seus mundos na escola, uma vez que são os corpos em devires que nos questionam sobre os diferentes modos de existir do ser e que transbordam a idealização forjada sobre o indivíduo. Para tal finalidade, o embasamento teórico que respaldou este estudo adveio das pesquisas de Michael Foucault acerca da tríade pastoral-norma-disciplina, que coloca em funcionamento o dispositivo pedagógico que atua na escola, que tem como finalidade programar subjetividades e moldar rostos conformados à lógica de um ideal humano. Em virtude disso, compreendemos que a escola se converteu em uma mera produtora de rostos a contento da sociedade vigente. Para tanto, analisamos o conceito de rostidade desenvolvido pelos filósofos Gilles Deleuze e Félix Guattari, o qual possibilita compreendermos os papéis desempenhados pelas significâncias e significados que se aglutinam nos rostos e na forma como concebemos a vida. Entendemos que a escola operada pela tríade pastoral-norma-disciplina produz os mesmos desejos, homem, mulher, família, sonhos... em um círculo infindável de subjetividades demarcadas e rígidas. O que esperamos é perspectivar reflexões a partir das interrogações que o outro, o diferente, o anormal, a criança... que os corpos em devires nos suscitam a pensar e a buscar outras maneiras de existir no(s) mundo(s) que habitamos e que nos rodeia(m). Para tanto, recorremos às contribuições do filósofo Étienne Souriau, que nos lembra que toda criação é uma arte de existir e que nos convida a sermos agentes instauradores.