Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Flausino, Cristina Valéria |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27161/tde-16052019-115517/
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Resumo: |
O princípio que norteia esta investigação supõe que o rosto, entendido como a principal ferramenta da expressão e da comunicação humana, configura-se, na modernidade, como uma superfície de inscrição de valores, padrões e signos que reverberam certa realidade dominante, respondendo a agenciamentos de poder, de acordo com o pensamento expresso pelos filósofos franceses Gilles Deleuze e Félix Guattari, no texto Ano Zero - Rostidade, na obra Mil Platôs (v. III, 1996). A fim de circular a ideia de um grande Rosto produzido por uma máquina abstrata da rostidade, a pesquisa resgata conceitos fundadores da produção de imagens, na fotografia e no cinema, tais como a fotogenia, a fisionomização e a tipagem, apresentando-os como atuantes dessa máquina, colaboradores dos processos que levam à produção de um rosto que se define pelo típico homem branco, de origem europeia, que obedece de modo quase incondicional aos valores de um sistema que, além de rostificá-lo, atua sobre sua consciência, suas vontades e seus desejos. Sistema comparado pelos autores ao muro branco-buraco negro, semióticas mistas de significação e subjetividade, a pesquisa buscou nas imagens que representam a figura humana, o que inclui representações do rosto pela arte moderna e contemporânea, evidenciar que a rostificação se torna visível pelos padrões produzidos pela máquina associados às imagens-clichês, viciadas, repetitivas e sem lastro, que respondem por estereótipos e apontam para preconceitos e racismos. Por outro lado, conceitos como afecção e sensação, também presentes no pensamento deleuziano, são indicadores de que as imagens possuem a virtual potência de nos mostrar um rosto, um rosto não rostificado, que iremos comparar ao mistério das imagens capazes de produzir enigmas no pensamento. |