Filosofia e cuidado de si na escola: entre a fala e a escuta

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Silva, Silvia Cristina Barbosa da [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/149789
Resumo: Esta é uma pesquisa teórica que tem como objetivo analisar vozes de crianças na prática de filosofia. Para tanto, analisamos os trabalhos do GEPFC (Grupo de Estudos e Pesquisas Filosofia Para Crianças) da Unesp – FCLAr, do NEFI (Núcleo de Estudos Filosóficos da Infância) da UERJ – Universidade Estadual do Rio de Janeiro, e de outras experiências em Portugal (Rita Pedro), Itália (Giuseppe Ferraro) e Colômbia (Cortés e Vaca). A partir da concepção de infância aiónica, a análise dessas vozes consiste em uma reescuta, ou seja, uma nova escuta com o intuito de torná-las mais visíveis pela experiência diferenciada que essa prática propõe. A presença dessa filosofia no campo educacional atua como ponto de resistência frente ao poder disciplinador da instituição escolar. Constatamos, nesses relatos, um cuidado com o pensar que estrutura o cuidado de si, conceito trabalhado pelo filósofo francês Michel Foucault. Assim, partimos de alguns pressupostos foucaultianos, principalmente aqueles de seus últimos escritos, em que a questão do processo de subjetivação é problematizada pelo autor. Além do conceito de cuidado de si, também utilizaremos a parrhesía e a escuta que são algumas práticas de si exercidas na Antiguidade e que se relacionam nas análises das experiências da filosofia com crianças. Além da leitura de Foucault, apoiamo-nos em outros autores do campo da filosofia da educação, tais como Jorge Larrosa, Walter Kohan, Veiga-Neto e Silvio Gallo para repensarmos as experiências desses sujeitos no contexto escolar.