Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Milani, Samanta Margarida |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/254918
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Resumo: |
As mudanças que ocorrem no âmbito educacional, geralmente, são lentas, gradativas e conflituosas. Contradizendo essa afirmação, a pandemia da Covid-19 impulsionou, repentinamente, modificações nas instituições educativas. Esse fato desencadeou a pergunta desta tese, formulada do seguinte modo: quais aspectos da prática pedagógica são dialogados por uma comunidade de professores de Matemática em um espaço formativo online, durante a pandemia da Covid-19? O objetivo geral foi o de elucidar aspectos da prática pedagógica dialogados por uma comunidade de professores de Matemática, constituída como comunidade de prática, durante o compartilhamento e o planejamento de atividades para o ensino remoto em um espaço formativo online. A fim de identificarmos esses aspectos pedagógicos, convidamos alguns docentes que tiveram a experiência de ministrar aulas durante a pandemia, na modalidade denominada de “ensino remoto”, a participarem de um espaço formativo online, realizado entre abril e junho de 2021. Durante a realização dos encontros virtuais, visando formar uma comunidade de prática, preconizamos uma interação dialógica, balizada pela escuta e pela fala com os colaboradores, pela troca de experiências e pela partilha de conhecimentos, em uma relação horizontal (lado a lado) com a pesquisadora, que, no momento desta investigação, também atuava como professora. A metodologia de pesquisa adotada para a compreensão das mensagens produzidas esteve pautada nos pressupostos da pesquisa qualitativa, com base na abordagem participativa e interpretativa e em alguns conceitos de Análise de Conteúdo. Os dados foram constituídos a partir dos seguintes procedimentos metodológicos: questionário previamente aplicado aos professores participantes; nove encontros, todos gravados e realizados em um espaço formativo online, via Google Meet; e diário de campo dos participantes e da pesquisadora. A comunicação com os professores participantes foi realizada de modo síncrono, para planejamento e repertórios compartilhados, em um processo interativo e dialógico, e assíncrono (via WhatsApp, e-mail, telefone e Google Classroom), para informes, armazenamento e partilha dos materiais. A partir da análise dos dados, constituímos três categorias: desafios, reflexões, adequações e aprendizados da prática docente no ensino remoto; Tecnologias Digitais (TDs) e comunidade de prática: limites e possibilidades didáticos; e espaço formativo online e comunidade de prática: aspectos manifestados em uma pandemia. Os resultados mostram que as reflexões, as adequações e os aprendizados da prática docente foram influenciados pelos desafios impostos ao ensino remoto, nomeadamente pelas condições técnicas, estruturais e econômicas do período em questão e pela reação emocional de professores e estudantes ao distanciamento físico. Para mais, durante o período pandêmico, mesmo com as limitações enfrentadas, surgiram possibilidades impulsionadas pela imposição de utilizar as TDs. Embora tais possibilidades possam ter começado de forma limitada, elas abriram caminhos para a integração e a construção do conhecimento matemático. Ações formativas afins às comunidades de prática são cada vez mais necessárias na Educação, especialmente na Educação Matemática. Boas práticas devem ser compartilhadas para possibilitar que mais professores tenham acesso a ações exitosas, com contribuições para o ensino e a aprendizagem. Por isso, defendemos que comunidades de prática, no contexto educacional, é essencial para mobilizar o compartilhamento de experiências pedagógicas e para inspirar e apoiar professores em sua jornada de trabalho. Além disso, os dados apresentados mostraram que os docentes — aqueles que estão nas universidades e nas escolas — têm tanto a escutar quanto a dizer. Eles necessitam de uma formação que seja pensada com base em seus anseios, desafios e realidades. Propõe-se, assim, uma formação construída com eles, e não para eles. |