Seleção de plantas hospedeiras pela aranha bromelícola Psecas chapoda (Salticidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Omena, Paula Munhoz de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/87607
Resumo: A aranha Psecas chapoda (Salticidae) utiliza a planta Bromelia balansae (Bromeliaceae) como sítio de forrageamento, acasalamento e postura de ootecas, bem como abrigo contra predadores e berçário. Em contraste com outras espécies de salticídeos bromelícolas, que habitam até 7-8 espécies de bromélias em regiões litorâneas, P. chapoda habita quase exclusivamente B. balansae em regiões de Cerrado e margens de Florestas Semidecíduas. Esta especialização possivelmente ocorre porque as áreas de vida de P. chapoda são dominadas apenas por B. balansae, não havendo bromélias de outras espécies/arquiteturas disponíveis para as aranhas. Neste trabalho realizamos experimentos com os objetivos de: (1) testar se a associação de P. chapoda restringia-se a uma planta hospedeira específica ou a plantas com um tipo específico de arquitetura; (2) verificar se indivíduos adultos de P. chapoda escolhiam ativamente suas plantas hospedeiras e (3) determinar os mecanismos sensoriais envolvidos na seleção de plantas hospedeiras por P. chapoda. Nossos resultados mostraram que a especialização deste salticídeo por micro-hábitat não é espécie-específica e sim restrita a certas características arquiteturais das rosetas de suas plantas hospedeiras. Psecas chapoda, guiada por estímulos visuais, avalia e distingue estruturas físicas de micro-hábitats e seleciona ativamente plantas em roseta com folhas longas e estreitas. Este padrão é incomum entre predadores invertebrados, e, provavelmente, evoluiu em virtude da grande abundância de um tipo específico de micro-hábitat aliado a excelente acuidade visual de P. chapoda que possibilita a detecção eficiente de suas plantas hospedeiras