Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Medeiros, Robson Luis Silva de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/217807
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Resumo: |
Estresses abióticos prejudicam a germinação e o desenvolvimento de mudas em espécies florestais, em áreas comerciais ou de recomposição. Frente às mudanças climáticas, estudos podem melhorar as estratégias para a conservação da biodiversidade autóctone e fortalecer projetos de reflorestamento comercial ou de recomposição ambiental. Objetivou-se avaliar os efeitos dos estresses térmico, hídrico e salino na germinação de sementes e do estresse hídrico no crescimento de plantas de Corymbia citriodora, uma espécie exótica com interesse comercial crescente no Brasil, e de Zeyheria tuberculosa, uma espécie nativa do Brasil com potencial econômico e para uso em trabalhos de recomposição ambiental. Para as duas espécies foram conduzidos experimentos em laboratório e em casa de vegetação. Em laboratório avaliou-se o processo germinativo das sementes das duas espécies sob diferentes temperaturas, potenciais hídricos simulados com polietilenoglicol (PEG 6000) e potenciais osmóticos simulados com NaCl. Em casa de vegetação, mudas das duas espécies foram submetidas a cinco regimes hídricos (20, 35, 50, 65 e 80% da capacidade máxima de retenção de água no solo), avaliando-se características de crescimento, fisiológicas e bioquímicas. Para as duas espécies, as temperaturas de 25 e 30 °C favorecem o potencial fisiológico das sementes. Para C. citriodora a porcentagem e a velocidade de germinação das sementes diminuíram com o aumento do estresse hídrico e salino, mas de forma mais acentuada sob déficit hídrico a 30 ºC e o limite de tolerância das sementes ao déficit hídrico está entre -0,6 e -0,8 MPa, tanto a 25 quanto a 30 ºC, e ao estresse salino entre -1,4 e -1,6 MPa, a 25 ºC, e entre -1,2 e -1,4 MPa, a 30 ºC. Portanto, a germinação de sementes de C. citriodora apresenta sensibilidade diferenciada ao déficit hídrico e salino, sendo mais prejudicada pelo déficit hídrico. Para Z. tuberculosa, o aumento do estresse reduziu a germinação e IVG das sementes a partir de -0,6 MPa, porém de forma diferenciada entre os tipos de estresse, sendo mais sensível ao estresse salino. As mudas de C. citriodora apresentaram aumento nos teores de clorofila, carotenoides, prolina e MDA e redução no potencial hídrico foliar e nos parâmetros de trocas gasosas e crescimento com a diminuição da disponibilidade hídrica e quando cultivadas em níveis inferiores a 50% da capacidade máxima de retenção de água no solo houve redução significativa nas características de crescimento. Observou-se, também, que os regimes de irrigação mais restritivos proporcionaram diferenças, que com o aumento da idade e crescimento das mudas, se acentuaram de forma mais severa. As temperarturas de 25 e 30 ºC porpocionaram o maior potencial fisiológico em ambas as espécies. O limite de tolerância das sementes de C. citriodora ao déficit hídrico está entre -0,6 e -0,8 MPa, tanto a 25 quanto a 30 ºC, e ao estresse salino entre -1,4 e -1,6 MPa, a 25 ºC, e entre -1,2 e -1,4 MPa, a 30 ºC. Portanto, a germinação de sementes de C. citriodora tem sensibilidade diferenciada ao déficit hídrico e salino, sendo mais prejudicada pelo déficit hídrico. As sementes de Z. tuberculosa são mais sensíveis ao estresse salino do que ao estresse hídrico. Potenciais hídricos inferiores a -0,6 MPa e salinos a -0,4 MPa comprometem o potencial fisiológico das sementes. Os regimes hídricos mais restritivos reduziram os parâmetros fisiológicos e morfológicos das mudas de C. citriodora, sendo o desenvolvimento de mudas comprometido a níveis de umidade inferiores a 50% da capacidade de campo. Regimes de irrigação que proporcionam 50% ou menos de retenção de água no substrato prejudicam o crescimento de plantas de Z. tuberculosa e alta umidade (80%) no substrato prejudica o crescimento radicular. |