Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Virtuoso, Marcos Claudio da Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/154902
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Resumo: |
O gênero Eucalyptus é um dos mais importantes para a silvicultura brasileira, sendo fonte de matéria-prima para diversos produtos. As alterações climáticas que vem ocorrendo nos últimos anos tem influenciado negativamente a produtividade florestal, principalmente, devido ao aumento da temperatura e mudanças na intensidade e duração das secas. A seleção de genótipos mais produtivos e tolerantes para as diversas condições é um dos objetivos do melhoramento genético de espécies de eucalipto, contudo, por ser uma planta perene, leva - se muito tempo para se obter resultados satisfatórios. Buscar meios mais rápidos para seleção de materiais, é importante para agilizar o processo. Com isso o presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito da temperatura, do déficit hídrico e estresse salino na germinação de sementes e avaliar o desempenho de mudas sob déficit hídrico de cinco espécies e dois híbridos de eucalipto. A pesquisa foi dividida em quatro experimentos, os três primeiros foram testes de germinação, feitos em laboratório e a avaliação de mudas, em vasos em casa de vegetação. As espécies e híbridos (genótipos) de eucalipto utilizadas foram, Eucalyptus camaldulensis, E. brassiana, E. grandis, E. saligna, E. urophylla, E. grandis x E. camaldulensis e E. urophylla x E. grandis. O primeiro experimento consistiu de um delineamento em blocos casualizados em esquema fatorial 5x7, sendo cinco temperaturas (20, 25, 30, 35 e 40°C) e os sete genótipos. No segundo experimento as sementes foram submetidas à germinação em temperatura ótima (25º C) e supra-ótima (35º C) e nos potenciais hídricos de 0(água); -0,05; -0,10; -0,15; -0,20; -0,25; -0,30; -0,40; -0,60; -0,80 e -1,00 MPa, obtidos com polietilenoglicol (PEG 6000). O experimento foi conduzido em delineamento de blocos casualizados, em arranjo fatorial 11x7x2 (11 potenciais osmóticos x 7 genótipos x 2 temperaturas). O terceiro experimento constou do mesmo arranjo do anterior, envolvendo, porém, o estresse salino, obtendo os mesmos potenciais hídricos, com diluições de NaCl em água. O último experimento foi em vasos em casa de vegetação, utilizando o delineamento em blocos casualizados em esquema fatorial 3x7, sendo três regimes hídricos (60, 40 e 20% da capacidade de campo) e os sete genótipos de eucalipto. As variáveis analisadas nos experimentos em laboratório, foram germinação, índice de velocidade de germinação, coeficiente de germinação, tempo médio de germinação e comprimento de parte aérea e de raiz. Em casa de vegetação foram avaliadas características de crescimento (diâmetro do coleto, altura de plantas, número de folhas, área foliar, massa fresca de parte aérea e de raiz), fisiológicas (taxa de assimilação líquida, transpiração, condutância estomática, potencial hídrico foliar) e bioquímicas (conteúdo de carboidratos solúveis e totais, conteúdo de clorofila a e b e de carotenoides) e morfológicas (morfologia e número de estômatos da folha). Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e comparação de médias pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade para comparação entre os genótipos e para os efeitos de potenciais hídricos foi aplicado uma análise de regressão. Os genótipos apresentaram comportamento diferenciado frente às temperaturas estudadas. Até 30 ºC não houve diferença na germinação dos genótipos, diferindo somente nas temperaturas mais elevadas, 35 e 40º C. O E. camaldulensis e E. brassiana apresentaram maiores porcentagens de germinação que os demais. No segundo experimento houve redução na porcentagem e no índice de velocidade de germinação das sementes com a diminuição do potencial hídrico e, em geral, com o aumento da temperatura. E. camaldulensis e E. brassiana se sobressaíram com maior capacidade de germinação no potencial hídrico de -0,40 MPa, comparativo aos outros genótipos. O mesmo também ocorreu sob estresse salino, porém, houve maior capacidade de germinação em maiores concentrações de NaCl, chegando a obter germinação em potenciais de -0,80 MPa. Em casa de vegetação os genótipos apresentaram diferenças nas características avaliadas que resultaram em maior ou menor grau de tolerância ao déficit hídrico. De modo geral, E. camaldulensis e E. brassiana também se apresentaram superiores, principalmente quanto ao desempenho fisiológico, quando comparado aos demais genótipos. Em conjunto, os resultados indicam possível relação entre as fases de germinação e desempenho inicial das mudas, quanto às respostas aos estresses abióticos testados. A seleção de genótipos tolerantes aos estresses abióticos na germinação ainda é precipitada, porém, através deste, viu-se que é possível indicar o local onde as plantas apresentarão melhor desempenho. |