Avaliação do grau de percepção e tolerabilidade da dor em mulheres submetidas à histeroscopia ambulatorial sem analgesia realizada por residentes de ginecologia.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Andriólli, Guilherme
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/244180
Resumo: Objetivo: Analisar o grau de percepção de dor e a aceitação das pacientes quando submetidas à histeroscopia ambulatorial sem analgesia, realizada por médicos com pouca experiência. Métodos: Estudo transversal retrospectivo, com análise de prontuários e banco de dados de pacientes submetidas ao exame de histeroscopia ambulatorial, no período de junho de 2012 a dezembro de 2022. Os exames foram realizados sem qualquer tipo de medicação analgésica (nível 1 de controle álgico), por médicos em formação com pouca experiência, através da técnica de vaginoscopia e a utilização de histeroscópio rígido de Bettochi com 5 mm de diâmetro e ótica de 2,9 mm. Foi utilizado como meio de distensão solução salina, com controle manual de pressão ajustada para 100 mmHg. A classificação da intensidade da dor e tolerabilidade dos exames foi quantificada através da aplicação de escala verbal analógica de dor (EVA) variando de 0 a 10. Resultado: Ao todo, 3.033 pacientes foram incluídas no estudo. A média de idade foi de 51 anos (±11,9). Os níveis de dor, estimados pela EVA foram ≤ 4 em 72,2% dos casos. A taxa de sucesso na realização dos exames foi de 95,1%. Os motivos para falha foram: estenose cervical (46,2%), dor insuportável (41,5%) e avaliação inadequada da cavidade (12,3%). Entre os fatores clínicos analisados, parto cesárea e o volume uterino foram os únicos fatores independentes relacionados à percepção da dor. Conclusão: A taxa de sucesso na realização da histeroscopia ambulatorial sem analgesia, realizado por examinadores com pouca experiência, foi semelhante aos dados da literatura. Alto nível de experiência não deve ser considerado, de maneira isolada, um pré-requisito para a realização do exame sem analgesia, quando realizado sob aconselhamento e supervisão adequados.