O uso do misoprostol prévio aos procedimentos histeroscópicos: um estudo retrospectivo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Inácio, Quênya Antunes Silveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17165/tde-11042022-134950/
Resumo: Objetivos: avaliar o uso do misoprostol prévio aos procedimentos histeroscópicos quanto à facilidade técnica, presença de efeitos colaterais ao medicamento e presença de complicações durante o procedimento. Método: estudo analítico observacional retrospectivo tipo caso controle com revisão de prontuários de 266 pacientes acompanhadas no Setor de Videoendoscopia Ginecológica do HCFMRP - USP no período de 2014 a 2019, sendo comparadas 133 pacientes que utilizaram o medicamento prévio ao procedimento (grupo de estudo) com 133 pacientes que não utilizaram (grupo controle). Resultados: a presença dos sintomas prévios relatados pela paciente para indicação do procedimento de histeroscopia apresentou diferença estatística entre os dois grupos (p <0,001), sendo a principal indicação no grupo de estudo a presença de sangramento vaginal pós-menopausa e no grupo controle, espessamento endometrial assintomático. Em relação aos efeitos adversos, apenas duas pacientes (1,5%) do grupo de estudo relataram sintomas. Embora não sejam observadas diferenças em relação à presença de complicações apresentadas ao procedimento (p= 0,0662), podemos observar um número total de complicações maior no grupo que usou misoprostol (n 7 - 5,26%) em relação ao grupo que não fez uso do medicamento (n 1 - 0,75%), o que é clinicamente relevante. Por fim, quando avaliamos a facilidade da técnica (que está medida pela realização completa do procedimento de histeroscopia em todas as suas etapas), observamos que apesar de não haver diferença entre os grupos (p= 0,0586), o grupo controle apresentou mais que o dobro de procedimentos não completamente realizados (n= 17) quando comparado ao grupo que utilizou o misoprostol previamente (n= 8), o que é clinicamente relevante. Conclusão: O uso de misoprostol previamente ao procedimento de histeroscopia em nosso serviço demonstrou que ele pode facilitar a sua realização, porém não isento de efeitos colaterais e apresentando maiores taxas de complicações durante o procedimento.