Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Monte, Marina Gaiato |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/213461
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Resumo: |
A cardiotoxicidade é o efeito colateral mais grave do tratamento com o quimioterápico doxorrubicina. A identificação dos mecanismos envolvidos na fisiopatologia da cardiotoxicidade permite a descoberta de estratégias de atenuação dessa complicação. As ceramidas são formadas a partir da degradação dos esfingolipídeos das membranas celulares e tem importante papel na sinalização e modulação de processos biológicos, incluindo estresse oxidativo. Há evidências que a administração de ácidos graxos ômega 3 possa atuar junto às membranas e interferir com essa via de dano celular. Objetivo: avaliar a influência da suplementação de ácidos graxos ômega 3 na atenuação da cardiotoxicidade crônica induzida pela doxorrubicina em ratos. Adicionalmente, avaliamos o envolvimento da via da ceramida na patofisiologia da lesão cardíaca e no possível efeito protetor dos ácidos graxos ômega 3. Material e Métodos: 60 ratos Wistar machos foram alocados em 4 grupos: Controle (C), Doxorrubicina (D), Ômega 3 (W), Doxorrubicina + Ômega 3 (DW). Os grupos receberam ácidos graxos ômega 3 (400 mg/kg/dia, via gavagem) ou água por 6 semanas e doxorrubicina (3,5 mg/kg, intraperitoneal, 1x/semana) ou salina por 4 semanas. Ao final de 6 semanas, foi realizado ecocardiograma e eutanásia para coleta do material biológico. Foram avaliadas a atividade da enzima esfingomielinase (SMase), as concentrações séricas de lipídeos e creatinina, ensaio Cometa, estresse oxidativo, nSMase1 por imuno-histoquímica e determinação da expressão de nSMase1 (esfingomielinase neutra 1) e IkB (inibidor do fator kappa B) por Western Blot. Análise estatística: ANOVA de 2 vias. Resultados: houve menor ingestão de ração e perda de peso nos animais que receberam doxorrubicina. Nos animais tratados com o quimioterápico observamos aumento do átrio esquerdo e o ventrículo esquerdo (VE), dos triglicerídeos e colesterol séricos, do malonaldeído (marcador do dano oxidativo aos lipídeos), da carbonilação de proteínas (marcador do dano oxidativo às proteínas), diminuição da fração de encurtamento do VE e menor expressão da enzima nSMase1 no coração. A suplementação de ômega 3 atenuou as alterações estruturais e funcionais provocadas pela doxorrubicina e diminuiu a carbonilação de proteínas. O ômega 3 também diminuiu a intensidade e o momento da cauda no ensaio cometa e aumentou a atividade da nSMase neutra tanto nos animais que receberam quanto nos que não receberam a doxorrubicina. Conclusão: a suplementação de ácido graxo ômega 3 atenuou a cardiotoxicidade crônica provocada pela doxorrubicina em ratos. Possivelmente, a via da ceramida está envolvida na fisiopatologia da cardiotoxicidade, mas não é o mecanismo pelo qual o ácido graxo ômega 3 atenuou a disfunção cardíaca. |