Concepções de deficiência e atitudes sociais de crianças e adolescentes sem deficiência pertencentes a contextos sociais diferentes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Souza, Maewa Martina Gomes da Silva e [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/182453
Resumo: Esta tese se dedica à compreensão das concepções de crianças e adolescentes sem deficiência sobre quatro categorias tradicionalmente consideradas como deficiência física, deficiência visual, deficiência auditiva e deficiência intelectual, bem como compreender suas atitudes sociais em relação à inclusão. Os quinhentos participantes são provenientes de escolas públicas inseridas em diferentes contextos, especificamente advindas de escolas das cinco regiões do país, sendo: Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul. A coleta de dados se deu por intermédio de dois instrumentos: um questionário e a Escala Infantil de Atitudes Sociais em relação à Inclusão. Os dados foram analisados de forma quantitativa e qualitativa, sendo que, após a atribuição de categorias às respostas provenientes do questionário, foram realizadas comparações entre a frequência das categorias das respostas encontradas por intermédio da prova de Qui-quadrado. Os resultados obtidos com esse instrumento sugerem que os participantes apresentam conceitos distintos de acordo com as diferentes categorias de deficiência. Eles revelam conceitos mais apropriados da deficiência auditiva, em primeiro lugar; em segundo lugar, da deficiência visual; em terceiro lugar, da deficiência física e, por último, da deficiência intelectual. Além disso, os participantes mostraram dificuldades com relação às causas e implicações das deficiências, em todas as categorias, relacionando a três tipos de possibilidades: algum problema durante a gestação ou nascimento, algum tipo de acidente que provocasse uma lesão e algum tipo de doença contraída após o nascimento a aceitação do convívio em sala de aula com alunos com deficiência. Os participantes também informaram que eles estariam dispostos a aceitar colegas com deficiência em sala de aula sendo que, das categorias de deficiências estudadas, a mais bem aceita é a deficiência física, em segundo lugar a deficiência visual, em terceiro lugar a deficiência auditiva e em último lugar a deficiência intelectual. Com relação à escala infantil, foram calculados os escores, ressaltando-se que os pontos variavam entre 1, 2 ou 3. Após, foram efetuadas comparações dos escores dos grupos de participantes adotando o teste de Kruskal-Wallis para cotejar as várias amostras independentes, e o teste de Wilcoxon, visando às possíveis comparações dois a dois de pequenos grupos de participantes. Com essa análise, foi possível observar que houve diferença estatisticamente significante entre os grupos de quatro regiões: Norte, Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Contudo, não foi encontrado resultado estatisticamente significante na região Nordeste. No geral, não foi possível apontar se há uma relação direta entre as concepções e as atitudes sociais, embora tenha evidenciado dados que sugerem uma possível relação. Conclui-se que a aceitação das crianças com deficiências por seus colegas e o desenvolvimento de relações positivas entre eles – a partir da mediação do professor – são considerados aspectos essenciais para o sucesso do processo de inclusão escolar.