A dinâmica territorial do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), no Pontal do Paranapanema-SP no contexto dos conflitos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Leal, Sidney Cássio Todescato [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/150946
Resumo: Se na origem o PAA é uma conquista dos movimentos sociais, desde sua criação, em 2 de julho 2003, pelo artigo 19 da Lei nº. 10.696, destacamos que o envolvimento dos trabalhadores, especialmente os assentados oriundos da luta pela terra, no Pontal do Paranapanema, demonstra capacidade de organização e de resposta à produção de alimentos, em contraposição aos interesses político-estratégico-econômicos do agrohidronegócio canavieiro. Ou seja, enquanto o capital se territorializa ilegalmente nas terras griladas que poderiam ser direcionadas para a criação de mais assentamentos rurais - e com isso ampliar ainda mais a oferta de alimentos de qualidade para a classe trabalhadora -, tem-se, consentaneamente à prática do monocultivo da cana-de-açúcar, o modelo de produção químico-dependente, que causa sérios riscos à saúde dos trabalhadores, das comunidades camponesas, da sociedade em geral e do meio ambiente. Sem contar que a escala dos desafios foram seriamente ampliadas com a decretação do fim do PAA ou da sua manutenção precária, como resposta da pressão exercida pelos latifundiários, grileiros e do grande capital, vinculados ao governo golpista, que não hesitam em destruir as conquistas dos trabalhadores.