De pobres da terra ao movimento sem terra: práticas e representações camponesas no Pontal do Paranapanema - SP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Borges, Maria Celma [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/103170
Resumo: Esta tese analisa a terra nas práticas e representações camponesas do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no Pontal do Paranapanema, SP, vividas na década de 1990 e início do século XXI. Devido à diversidade de ações, delimito as primeiras experiências do Movimento: a ocupação, em 1990, da fazenda Nova Pontal, em Rosana, e as ações nas fazendas São Bento e Santa Clara, em Mirante do Paranapanema, iniciadas em 1991, derivando nos assentamentos São Bento e Che Guevara/Santa Clara. Tendo como eixo a terra, âncora a explicitar as lutas, seja para conquistá-la, seja para nela permanecer, busco, na história e na memória dos camponeses, o substrato para a composição do trabalho. As fontes orais tornaram-se fundamentais para esta empreitada, sendo conjugadas as fontes do MST, dentre outras, como jornais regionais e de circulação nacional. Para esta reflexão, fez-se necessário, de início, percorrer os caminhos do fazer-se da história no tempo presente, com o olhar para as lutas de outrora, visando apreender como os camponeses foram discutidos em parte da historiografia. Os campos do Vale do Paranapanema e do extremo-oeste trouxeram (e trazem) consigo um histórico de lutas envolvendo os indígenas, pequenos arrendatários, sitiantes, posseiros, bóias-frias ao se depararem com o domínio da terra e da gente, exercidos pela grilagem e concentração da propriedade. Porém, a esse cenário os sujeitos reagiram, quer no confronto direto, na constituição de glebas...