Perfil epidemiológico da leishmaniose visceral humana na região noroeste do Estado de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Paula, Lucila Bistaffa de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/215584
Resumo: As leishmanioses estão distribuídas pelo mundo todo, nas regiões tropicais e subtropicais em 98 países, sendo que 90% dos casos relatados de leishmaniose visceral (LV) ocorrem em seis principais regiões endêmicas: Brasil, Etiópia, Índia, Somália, Sudão e Sudão do Sul. Considerada uma doença infecciosa que acomete algumas espécies animais e seres humanos, representa um grave problema de saúde pública no mundo e é reconhecida como uma das "Doenças Tropicais Negligenciadas" (DTN). Dentre as leishmanioses, a LV é considerada a mais importante devido à alta incidência e letalidade. Esta pesquisa tem como objetivo elucidar o perfil epidemiológico da leishmaniose visceral humana (LVH) nos 40 municípios abrangidos pelo Departamento Regional de Saúde II – Araçatuba, localizado na região noroeste do Estado de São Paulo, Brasil, bem como avaliar o desempenho destes municípios no diagnóstico precoce da doença e na condução, em tempo oportuno, das fichas de notificações no Sistema Nacional de Agravos Notificáveis (SINAN). Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo dos dados constantes em 925 fichas de notificação de LVH no SINAN, no período de 2007 a 2017. A positividade de LVH foi de 51,3%, com maior prevalência de residentes da área urbana, do sexo masculino e pertencente à faixa etária de um a cinco anos, seguida da faixa de 30 a 50 anos. A incidência variou de 1,9 a 10,6/100mil hab. e a letalidade foi de 9,8%. A cura ocorreu em 79,7% dos pacientes e 10,9% dos casos foram recidivas. A LVH na região de Araçatuba, apresentou perfil epidemiológico predominantemente urbano, com maior ameaça para o sexo masculino, para crianças até cinco anos e para adultos com comorbidades. A maioria dos casos suspeitos foi notificada e diagnosticada oportunamente, tendo sido a cura, a evolução mais frequente.