Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Gomes, Daniele de Oliveira [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/150462
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Resumo: |
Introdução: O envelhecimento da população brasileira, dentre outros fatores, tem sido responsável pela crescente prevalência de doenças crônicas, implicando em significante aumento da demanda aos serviços de saúde. Este grupo populacional apresenta risco elevado de infecção e/ou de complicações por doenças infecciosas imunopreveníveis. Para prevenção desses agravos, em casos específicos, são indicados imunobiológicos especiais, distribuídos nos Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIE), os quais têm objetivo de facilitar o acesso de usuários a esses produtos. Tendo-se em vista esta política que visa à equidade e a escassez de estudos nacionais que analisam a cobertura de imunobiológicos especiais em pessoas portadoras de doenças crônicas, propôs-se a presente investigação. Objetivo: Analisar a cobertura vacinal de imunobiológicos especiais em pacientes com doenças crônicas com indicação, internados em Hospital Universitário e propor uma ferramenta de sinalização no sistema de informação hospitalar – SOUL da necessidade do uso dos mesmos. Métodos: Estudo transversal, descritivo e analítico, desenvolvido no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu/UNESP (HCFMB). A amostra de conveniência abrangeu 150 pacientes portadores de doenças crônicas com indicação para receberem imunobiológicos especiais, internados em enfermaria de clínica médica. As variáveis independentes incluíram aspectos sociodemográficos, clínicos, relativos ao acesso à vacinação e adesão ao tratamento e a variável desfecho foi ter recebido a vacina pneumocócica 23 valente. Os dados foram obtidos por meio de aplicação de um questionário, consulta ao prontuário e ao Sistema de Informação do CRIE do HCFMB e analisados por meio da estatística descritiva e regressão logística. O estudo foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina de Botucatu. Resultados: A mediana de idade e de anos de estudo concluídos dos pacientes foi de 64 anos (24-94) e quatro anos (0-15), respectivamente. A maioria era do sexo feminino (52,0%), branca (68,7%), em união estável (62,7%) e não tinha dificuldade em procurar o serviço de saúde para se vacinar (78,7%). Quase a metade dos pacientes (48,7%) fazia seguimento médico no HCFMB, 40,0% tinham diagnóstico de doença crônica há mais de 10 anos, 93,3% realizavam tratamento medicamentoso, 86,0% referiram adesão a todas as drogas prescritas, 87,3% a todas as doses e 82,0% a todos horários recomendados. As coberturas das vacinas pneumocócica, contra o meningococo C e hepatite A foram, respectivamente, 18,0%, 22,2% e 14,2% e nenhum paciente recebeu a vacina contra a varicela. Nenhuma das variáveis investigadas se associou com a cobertura da vacina pneumocócica 23 valente. Considerando-se os resultados da presente investigação, foi elaborada uma ferramenta no sistema informatizado de registro das informações dos pacientes do HCFMB para alertar os profissionais de saúde sobre a necessidade de indicação de imunobiológico para pacientes com doença crônica, visando aumentar a cobertura vacinal, neste grupo. Conclusão: O estudo aponta baixa cobertura vacinal de imunobiológicos especiais em pacientes com diagnóstico de doença crônica já estabelecida e em tratamento há vários anos, demonstrando perda de oportunidade vacinal, inclusive entre pacientes seguidos em hospital de referência, sede de um CRIE. Evidenciam-se, assim, necessidade de investimento em estratégias que aumentem a cobertura vacinal nesse grupo. Sugere-se, dentre outras, educação permanente dos profissionais de saúde, pacientes e familiares, monitoramento da condição vacinal na internação e/ou nos atendimentos ambulatoriais por médicos e enfermeiros e encaminhamento para vacinação, na ocasião do atendimento, além da sinalização no sistema de informação hospitalar. |