Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Souza, Vinicius Lucas de [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/193609
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Resumo: |
A presente tese de Doutorado Direto objetiva investigar que o que se denominou como tradição do duplo (Doppelgänger), desde sua concepção, não se encerra no ser duo, mas sim extrapola a visão dúplice e se fragmenta numa horda de outros, implicando na seguinte hipótese: o duplo nunca foi duplo. Foi a tradição e crítica literárias que tomaram — decidiram — o fenômeno da fragmentação como dois, solifidificando-o em uma relação dialética e estanque, quando, na proposta de tese que intentamos defender, o duplo é uma máscara transiente usada e desgastada por uma legião de outros, uma turba de só-refletir, que não conhece e nem respeita a ordem da identidade. Assim, objetivamos fazer um percurso ficcional pela senda da denominada tradição do duplo destacando e explorando, nesse motivo, o caráter da multiplicidade que potencializa a dualidade nas obras com o intuito de extrair uma nova visão teórico-crítica sobre o duplo e, com isso, rever e ampliar sua definição para além do entendimento temático cristalizado pela tradição teórico-crítica, tomando-o, então, não como um conceito teórico, mas, fundamentalmente, como um operador textual que articula, ao mesmo tempo, tema, forma, estilo de escrita e uma consciência crítico-teórica sobre o fazer ficcional e sobre a condição humana. Em outras palavras, a hipótese aqui levantada e a tese que se pretende defender é de ordem teórico-epistemológica, de modo que o percurso ficcional a ser galgado constitui fonte, exemplificação e comprovação da revisão e ampliação pretendidas. Desse modo, em termos de corpus, elegemos as obras “O homem da areia” (1816), de E. T. A. Hoffmann, Frankenstein (1818), de Mary Shelley, O grande deus Pã (1890; 1894), de Arthur Machen, Sandman: Prelúdio (2013-2015), de Neil Gaiman, o segundo volume de X-Men Legacy (2012-2014), escrito por Simon Spurrier e Fragmentado (2016), escrito e dirigido por M. Night Shyamalan. A seleção desse corpus pauta-se pela questão da fragmentação, aspecto fulcral para a pesquisa proposta, a qual denominaremos Legião. |